Ah, "30 Noites de Atividade Paranormal com as Filhas dos Homens que Não Amavam as Mulheres"! Uma obra que, à primeira vista, pode ser descartada como mera sátira, mas que ao ser devidamente apreciada, revela camadas de genialidade. O título, embora extenso, é uma provocação inteligente à indústria cinematográfica, destacando-se por ousar fazer graça de grandes sucessos, e desafiando os espectadores a embarcar em uma jornada de paródias intrincadas.
A maneira como o filme entrelaça sutilmente diversas narrativas é notável, servindo tanto como crítica quanto como homenagem aos filmes que parodia. A audácia em misturar elementos de terror, suspense e comédia mostra uma visão única do diretor. No entanto, é preciso apontar que, em alguns momentos, o filme pode se apoiar excessivamente em clichês, perdendo oportunidades de explorar novas nuances cômicas. Seria interessante ver um equilíbrio mais refinado entre o familiar e o inovador.
Em suma, "30 Noites de Atividade Paranormal com as Filhas dos Homens que Não Amavam as Mulheres" é uma tapeçaria brilhante de referências cinematográficas, costurada com humor e perspicácia. Embora tenha suas falhas, sua audácia e abordagem fresca merecem aplausos e reconhecimento no universo das paródias cinematográficas.
Assisti esse filme junto de uma amiga na faculdade durante uma aula repetitiva e desinteressante, ali percebi que estava apaixonado por ela, não que eu já não suspeitasse mas não havia nenhuma intenção de alimentar aquele sentimento. Ao meio do filme nos abraçamos e a ter em meus braços foi indescritível, nada mais existia ali, não haviam computadores, alunos, professores, linguagens de programação e nem ansiedade, era só eu ela e um filme de compiladas paródias. Agora, tudo que faço é pensando nela, no toque, no cheiro, nos olhos Hazel. Eu só queria poder viver isso de verdade, mas as circunstâncias não são favoráveis. Quem sabe em outra vida.
Voltei aqui muito tempo depois em um momento de saudosismo e vi que ele havia editado esse review poucos momentos depois de termos o enviado juntos. Seja aqui então nosso local de declarações que nunca mandaremos um para outro.
Eu, que nunca acreditei nisso, hoje vejo que existe sim pessoa certa no tempo errado. Eu passei por tanta coisa e tentei tanto para poder estar ao lado dele - e sei que ele tentou também -, mas, infelizmente, isso nunca conseguiu ser o suficiente para que terminássemos juntos. Não tenho mais rancor porque sei que o que tivemos foi real e que muitas pessoas passam suas vidas inteiras sem a noção do que é encontrar uma conexão dessas - um amor tão instantâneo, tão intenso, tão natural. Poderíamos ter nos encontrado em qualquer situação, em qualquer universo, em qualquer linha do tempo, que nossas almas sempre reconheceriam uma a outra e, se em algum momento distante nos reencontrarmos, já em nossas vidas futuras, eu olharei para ele e para o passado e sentirei alegria em lembrar como fomos puramente nós mesmos quando estávamos juntos. Eu sei que lembrarei com carinho porque, até enquanto aconteciam, as situações adversas e as dificuldades e os erros sempre foram camuflados, sempre foram irrelevantes quando comparados ao que sentíamos um pelo outro. A sublimidade do nosso amor sempre foi - e pra mim sempre será - mais do que o suficiente para esconder de nós mesmos o fato que nunca soubemos nos amar.
E, diretamente para ele, caso algum dia veja isso: pensa em mim com carinho de vez em quando. Se cuida.