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B.Boy Jc
2.778 seguidores
734 críticas
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4,5
Enviada em 28 de abril de 2021
Eu adoro quando vou ver um filme que nunca ouvi falar e acabo me surpreendendo com ele. Esse filme é bom demais!! Com certeza irei ver o demais filmes da franquia.
Ao que tudo indica, a tradição do romance policial, que reinou absoluto durante muito tempo não mãos de autores ingleses e franceses, migrou nos últimos anos para os países nórdicos. Depois do sucesso da série de romances Millenium, do sueco Stieg Larsson, um outro expoente se destacou a ponto de render uma adaptação no cinema: o dinamarquês Jussi Adler-Olsen. A série identificada com o nome Departamento Q rendeu sua primeira versão para o cinema, com produção, direção e elenco da Dinamarca. Com o subtítulo de Guardiões das Causas Perdidas, a história é centrada no policial Carl Morck, que após perder os colegas numa operação, não é mais considerado apto para voltar à ativa, sendo enviado a uma humilde tarefa de arquivar processos não solucionados – as “causas perdidas” do título. Um recente caso lhe chama logo a atenção, e com a ajuda de seu único assistente de arquivo, Assad, ele irá se embrenhar numa investigação não-oficial para apurar o que realmente aconteceu, não convencido da versão de suicídio da vítima, desafiando e desagradando seus superiores, que lhe colocaram lá para executar simples procedimentos burocráticos. Departamento Q é um dos melhores thrillers produzidos pelo cinema nos últimos anos e, como aconteceu com Millenium, é candidato sério a ganhar uma refilmagem americana – embora os produtores tenham se recusado a reconhecer a versão americana de Os Homens que Não Amavam as Mulheres como um remake mas, em suas palavras, uma nova versão da história. A versão americana foi totalmente desnecessária – a não ser para fazer dinheiro na terra do Tio Sam, tão avessa a filmes “estrangeiros” – já que o primeiro filme era excelente e irretocável, e tinha em sua linha narrativa investigativa (nós como público vamos seguindo a linha de raciocínio de Mikael Blomkvist), e no elenco o principal diferencial a favor, em comparação ao filme de David Fincher – que “mostrava” demais. Vamos combinar que “Mr. Bond” Daniel Craig é uma tábua em matéria de interpretação, não tendo sido uma boa escolha. Neste Departamento Q, minha percepção foi diferente e não tão entusiasmada quanto em relação ao filme sueco. O roteiro, de início, é muito bem desenvolvido e a direção segura, mas os dois protagonistas não tem o carisma necessário, sendo apenas corretos em suas interpretações. No entanto, se os protagonistas são fracos, o mesmo não se pode dizer dos coadjuvantes, todos excelentes, com destaque para Sonja Richter (como Merete) e Mikkel Boe Folsgaard (como Uffe, irmão de Merete). Um outro ponto fraco do filme é seu final, que se resolve de forma um tanto quanto apressada demais, com o detetive Morck desvendando tudo com uma rapidez e facilidade inverossímeis. Mesmo longe de ser perfeito, Departamento Q está acima da média dos thrillers recentes e vale muito a pena ser assistido.
Alto nível. Policial teimoso e insensível perde um colega e seu parceiro está em recuperação, após uma ação sem reforço policial. Ele é designado para um novo departamento, apenas para arquivar definitivamente casos perdidos. Seu assistente será um rapaz sem experiência, mas juntos vão resolver uma caso de aparente suicídio, com roteiro dramático, policial e de suspense muito interessante. Há outros episódios.
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