Com um cenário alpino deslumbrante e opressor, ''Força Maior'' revela um drama familiar denso e pungente. No começo pensei que o filme iria ser algum tipo de filme-tragédia estilo ''O Impossível'', mas quando o drama dos personagens são expostos na trama o filme toma uma proporção dramática interessante e magistralmente conduz o espectador a um ensaio sobre o laços familiares dilacerados e distanciamento conjugal. Os atores muito bem enquadrados e dirigidos por Ruben Östlund entregam uma sensação de fragilidade e conflitos em cena que conseguem dizer muito mais do que qualquer diálogo. Como na brilhante cena onde Ebba, junto com um casal de amigos, fala tudo o que pensa sobre a atitude covarde do marido e a câmera focada no rosto de Tomas reforça os mais desconcertantes sentimentos. Para mim, fora a cena da avalanche e a cena do ônibus, esse foi um dos melhores momentos da película. Outro grande destaque também é a trilha sonora composta por solos intensos de violinos que acabam dando grande ênfase na atmosfera glacialmente agonizante da trama. Resumindo, um filmaço! Uma pérola do cinema sueco que precisa ser descoberta por todos cinéfilos que amam cinema de verdade.
Lendo a crítica do responsável por ela no Adoro Cinema... tenho a impressão de termos visto filmes diferentes. Filme lento e previsível. A mencionada "carga psicológica " tem a profundidade de um pires com neve. Completamente dispensável.
“Houve uma avalanche, ficamos apavorados, mas tudo ficou bem”.
Sabe quando você repete várias vezes a mesma coisa para se assegurar de que aquilo foi a verdade? A família formada pelo casal Tomas (Johannes Bah Kuhnke) e Ebba (Lisa Loven Kongsli) e seus dois filhos Vera e Harry vai repetir a frase que abre a nossa resenha crítica diversas vezes para que eles mesmos se certifiquem de que ela representa a verdade sobre o que ocorreu com eles.
Em uma viagem de férias numa estação de esqui, a família divide seu tempo entre os passeios pelas diversas trilhas, refeições pelos restaurantes e momentos de descanso no quarto. Tudo acontece na maior normalidade até que a vivência de uma avalanche durante um desses instantes abala as estruturas emocionais desta família.
“Força Maior”, filme dirigido e escrito por Ruben Östlund, aborda justamente as consequências das reações de Tomas e de Ebba, enquanto marido e mulher, enquanto pai e mãe, durante a vivência da avalanche; e como isso os afeta, no relacionamento, e, principalmente, naquilo que eles representam um para o outro e para seus filhos/amigos/relacionamentos próximos.
No caso de Ebba, temos a incredulidade diante da reação do marido. No caso de Tomas, a sua reação simboliza, para ele, uma quebra da sua masculinidade. Tolhido de seu papel como homem da família, provedor e protetor, Tomas só poderá recuperar a sua responsabilidade quando ele mesmo entrar em contato com seus sentimentos e com o ser que ele é.
O título “Força Maior” faz referência a um conceito oriundo do Direito e que está relacionado ao sentido de que a “força maior é aquela a que a fraqueza humana não pode resistir”. Ou seja, diante de um acontecimento extraordinário, ficamos impedidos de cumprir as nossas obrigações. Qualquer semelhança com a situação vivida por Tomas, Ebba e família é mera coincidência.
Um filme que tem uma temática diferente..,todo psicológico., nos leva a refletir sob , convivência.., o desgaste de um casamento , as fraquezas humanas.., ética.., tentativa de superação..,é um debate moral sob hierarquia social e de genero.., tudo sob a ótica da cultura Nórdica , o filme é como uma terapía.., é muito interessante! a trilha sonora , com músicas clássicas em cada ato, deu um ar solene e de angustia a história.., a lentidão de cada cena é algo que incomoda..., mas ao mesmo tempo parece ser necessário..! excelente atores , destaque para o casal protagonistas , Johannes Kuhnke e Lisa Loven Kongsli. Um filme que foge do clichê ., que emociona., que chama a atenção e a fotografia lindíssima! é um show a parte!
Enjoativo. A mulher fica encrencando com o marido por ter sido deixada para traz em uma avalanche no restaurante. Credo, nem assisti até o final. Enche a paciência!
O filme discute a relação matrimonial de uma forma bastante crua. Há discussões da posição do homem no casamento e vindo de um país nórdico se torna mais atual o tema, pois sempre os países da península escandinava são os mais igualitários nas pesquisas sobre o assunto de gênero.A força maior é da natureza de uma avalanche ou de uma sobrivivência egoísta dos homens? Assista o filme e conclua....
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