Idade Passada.
Muitos são os atores que aparecem em filmes diversificados para flertar com situações adversas, algo que nem todos se encorajam. Nicolas Cage é um desses astros que parecem topar qualquer parada, escolhendo seus trabalhos simplesmente pelo fato de serem oferecidos, independente da origem ou do conteúdo.
O IMPERADOR, estrelado por Cage e pelo desengonçado Hayden Christensen, trata da história de um imperador (dã) que resolve delegar o título e trono a seu filho mais novo. Isso desencadeia o ódio do mais velho, experiente em batalhas e que se achava digno por defender o pai nas batalhas das quais fez parte. Por conta disso, ordena que o caçula seja capturado imediatamente. No trajeto de sua fuga, o pequeno imperador e sua irmã encontram Jacob (Christensen), um frustrado cavaleiro das cruzadas que faz uso do ópio para esquecer as loucuras que fez em nome dos templários. Decidido a ajudar os fugitivos, que inclui a irmã do garoto que desencadeia a perseguição, Gallen (Cage, esquisito ao extremo) também participa da empreitada, já que faz parte de um grupo relativamente bem armado e experiente.
Rotulado como filme de ação, o que realmente faz sentido pelas cenas cuja agitação exista e até conseguem divertir, não temos muito além da diversão oferecida por isso, já que os personagens são rasos e muito mal aproveitados. A premissa das cruzadas só existe para colocar a dupla de protagonistas fugindo do passado que os frustrou por conta de uma situação que certamente já havia sido presenciada diversas vezes.
A ação, de fato, ocorre sem muito brilho ou com algo que chame realmente a atenção, é e curioso constatar isso em um filme dirigido pelo experiente coordenador de dublês Nick Powell. Talvez se a trilha fosse orquestrada com mais cuidado, ou a edição menos burocrática, tivéssemos um resultado um pouco melhor. A excessiva câmera tremida, ainda usada embora não saiba porque, dificulta a compreensão do que está sendo exibido, como qualquer outro filme que faça isso. Sem contar que o bando de Gallen morre praticamente sem objetivo, apenas seguindo seu líder sonso.
Talvez a única coisa que valha mesmo é poder ver Cage na telinha, um astro competente e experiente, mas que tem permitido falhas constantes na carreira já manchada pelo excesso de filmes pequenos ante sua tremenda capacidade artística.
Bom... se a premissa, a capa é o trailer podem dar uma boa impressão da obra, talvez o resultado não faça jus a essa expectativa. É um filme com ação e cenas até divertidas, mas carece de personalidade e força narrativa, algo que os filmes de Nicolas Cage não tem encontrado, infelizmente.
Recomendo para o fãs do ator, nada mais.