O Imperador: Crítica AdoroCinema

Ah, Nicolas Cage... Mau gosto? Dívidas financeiras? Alguma doença que o impede de dizer "não"? É difícil entender ou aceitar que um ator que já tenha demonstrado tanto talento (Arizona Nunca Mais, Despedida em Las Vegas, Adaptação etc) perca seu tempo em produções tão ruins quanto O Imperador.

E o ator não tem nem a desculpa de falar que a história era boa e que as pessoas envolvidas despertaram seu interesse. Pelo roteiro, é impossível imaginar que alguém leu o texto e achou que alguma coisa boa sairia de lá. Além disso, o longa conta com um diretor estreante, Nick Powell, cujo trabalho nas telonas se resumia a coordenar dublês em filmes de ação.

O Imperador chinês encontra-se perto da morte. Ele escolhe seu filho mais novo como sucessor, o que irrita o mais velho, um poderoso guerreiro, que havia passado a vida lutando as guerras de seu pai. Revoltado, ele decide ir atrás do garoto antes que ele pudesse ser proclamado governante. Com isso, o jovem, ao lado de sua irmã, terá que percorrer um longo caminho até chegar aos generais que podem proclamá-lo. E ele terá que evitar o exército do irmão.

No meio do caminho, prestes a serem presos, eles encontram Jacob (Hayden Christensen), cavaleiro jed... digo, cristão que está no oriente à procura do ópio capaz de apagar de sua mente os traumas da época das Cruzadas. Ele acaba ajudando os jovens irmãos. No meio do caminho, eles encontram Gallain (Cage), um ex-parceiro de Jacob que hoje atua como fora da lei. 

Os personagens são rasos e desinteressantes. Gallain é o mais absurdo, chegando a ser ridículo ver Nicolas Cage contracenando com cobras na mão. Christensen mostra toda a falta de talento que o marcou na nova trilogia de Star Wars. O resto do elenco não está muito melhor.

Outcast (no original) é um dos piores filmes estrelados por Cage nos últimos anos, o que por si só já diz muito.