Os dramas na vida e os na arte, um copiando do outro, como por exemplo a tragédia do ator Domingos Montagner. Na arte, mentes brilhantes (e outras nem tanto) inventam contos para tocar até a mais fria alma, ao assistir o capítulo apresentado. Na vida, cada um tem o seu, não importa a gravidade, se existe, incomoda. Situações que as vezes põe nossa sanidade em xeque e fugir de controle é a saída, até porque você não pediu para nascer e carregar tal cruz. Você a merece, suporta? Tanto faz, não é agradável nem um pouco. E quanto mais pesado fica, mais solidão se apresenta, os olhos com lágrimas tomam o lugar do sorriso, a cama (de solteiro) vira sua amiga/amante e lá está sua nova emoção: a depressão. Eis que um dia, você levanta seja para ir ao banheiro ou sei lá, pular da janela, mas por esta você enxerga o vizinho e o observa, em silêncio e isso começa a se tornar sua rotina e vê que a "novela" do seu lado é bem pior que a sua. E o que o vizinho está fazendo? Te olhando de volta? Não! A cada tombo, ele se ergue! E não é um por dia e sim vários e ele não é feito de ferro, você o vê chorando mas no dia seguinte, ele está lá enfrentado esta dura vida que lhe foi dada. Sem mais e sem menos, quando você percebe, você também está pronto para a "batalha" e percebe que quando acaba um episódio, outro começa..... Vou te falar, que atuação do ator Tye Sheridan de 19 anos! Ele que é o mais novo Scott Summers, o Ciclope da saga X-MEN dos cinemas. Ele seria o tal "vizinho" da parábola acima, seu personagem sofre com seu drama, mas não desiste em superá-lo! E por falar em interpretações, uma salva de palmas para nosso querido Nicolas Cage (.....claps, claps, claps, claps, claps.....) que mostra o porquê já ganhou uma vez o Oscar de Melhor Ator (em 1996 por DESPEDIDA EM LAS VEGAS de 1995. Faz teeeeempo). Ambos possuem uma sinergia muito boa neste enredo que agrada, mas é triste porque sabemos que desta arte, a vida imita e muito! A trama é dramática (jura?) e vai se desenvolvendo aos poucos, mostrando cada protagonista e construindo uma bela amizade entre ambos sendo que um precisa do outro. Nada de espetacular para se ver além das atuações, há uma boa Fotografia, uma Trilha Sonora presente e uma história a ser contada sobre Joe (Cage) e Gary (Sheridan). E destaque para Gary Poulter (acredite, você vai querer matar o FDP do personagem dele), ele interpreta o pai de Gary. E sabe de um curiosidade sobre Poulter? Ele não é ator e sim um verdadeiro mendigo das ruas. Que froid! Que obra que o diretor e roteirista David Gordon Green nos presenteia. Ok, tem certas ocasiões no roteiro que forçam um pouco e algumas que não são explicadas, mas o filme vale. E assim na imitação, a dramaturgia segue rio abaixo, escondendo o que nos reserva ao fim dele, mas sempre temos a escolha de sermos levados ou navegarmos nele...