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Carlos Henrique S.
13.040 seguidores
809 críticas
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4,5
Enviada em 28 de maio de 2020
"I Was Born inside the movie of my life... I don't remember how I got into the movie ,but It continues to entertain me." Roger Ebert
Afinal e contas,que não conhece Roger Ebert ? Um dos grandes nomes da crítica cinematográfica,Ebert não só fez seu nome na história do ramo da crítica,como também influenciou uma legião de cinéfilos no mundo e Life Itself busca mostrar da melhor maneira seu legado.
Desde pequeno,Ebert tinha demonstrado seus dons para a escrita,durante todo o documentário vemos amigos próximos e familiares que contam a sua trajetória e as relações que tinham com ele.O documentário dirigido por Steve James tem o propósito e mostrar o Ebert não como crítico (Também como crítico é claro) mas principalmente mostrar como era ele em sua vida pessoal.Começando com Ebert no hospital e sua situação triste já nos seus últimos meses de vida,James volta a infância de Roger e mostra seu processo como jornalista e sua Ascenção como crítico de cinema,começando m 1968 sua vida.O e cinema era apurada e sua escrita fluida.
Mas nós vemos também o lado duro e Ebert que tinha uma certa fama de ser um pouco arrogante,seus anos de vício nas bebidas e até e quando ele resolveu escrever um filme muito ruim que se assemelha as pornochanchadas.Vemos também relatos sobre o tão famoso prêmio Pulitzer e sua relação com outra lenda do ramo Gene Siskel,onde pareciam inimigos mas no fim das contas se tornaram grandes amigos e a perca que Ebert teve quando Siskel morreu também e câncer.No entanto senti um pouco da falta de falar sobre a carreira dele como crítico e algumas passagens de tempo que são um pouco bagunçadas.
Gostei dos momentos onde eles mostram o lado positivo do crítico.A relação entre Ebert e muitos cineastas é muito interessante,mesmo que a crítica para alguns seja apenas um meio de desvalorizar algum trabalho,na verdade pode ser uma maneira de revelar grandes cineasta.Scosese é um dos maiores exemplos,desde seu primeiro projeto,Ebert dizia que ele seria um dos grandes cineastas de sua geração e de fato contribuiu para esse reconhecimento do Scorsese que até ganhava força ao ver os elogios de Ebert a seus filme.Outros cineastas também tiveram suas carreiras alavancadas por Ebert que deu prestígio a seus trabalhos.Entao essa relação bonita que ele construiu com os cineastas é muito bacana e tem até uma cena onde scorsese fala da má recepção de Ebert com um de seus filmes que é fantástica.
No final a impressão que fica é que é um documentário que busca mostrar o lado humano de Ebert ,seus defeitos e problemas,suas amizades e sua grande paixão não só pela esposa quanto pelo cinema.Conta com um grande acervo pessoal e serve para mostrar os momentos finais de luta desse ícone do ramo cinematográfico.Um grande tributo a essa lenda.
Existem certas pessoas que se tornam referência naquilo que fazem. Na crítica de cinema, Roger Ebert foi um deles. Sua importância passa pela maneira pessoal como ele escrevia sobre os filmes que assistia e alcança seu ápice quando se constata o fato de que ele foi o único nesse segmento jornalístico a ter vencido um prêmio Pulitzer (o mais importante do Jornalismo). Não bastasse isso, Roger Ebert ainda foi um exemplo de perseverança e superação nos últimos anos de sua vida, pela maneira como enfrentou a batalha contra um câncer que o impediu de se comunicar verbalmente.
Ao assistirmos ao documentário “Life Itself: A Vida de Roger Ebert”, de Steve James, que nos aproxima um pouco dessa luta difícil que Roger travou nos seus últimos anos, é certo dizer que foi o amor pelo jornalismo, pela vida e, principalmente, pelo cinema que lhe deu uma sobrevida, que o fez ter forças para seguir adiante. Nesse sentido, seu site – que é mantido com devoção pela esposa Chaz Ebert –, com suas críticas e suas publicações no blog que manteve até dois dias antes de desencarnar e que, hoje, é atualizado com textos de críticos de cinema de gerações mais recentes é o seu grande legado, a prova maior da influência que ele exerceu em termos de cultura cinematográfica.
O documentário em si nos mostra toda a trajetória de Roger Ebert, desde o início de sua paixão pelo jornalismo; a transição para a crítica cinematográfica, em 1967; a sua paixão – e fidelidade – à cidade de Chicago; a sua parceria – nem sempre harmoniosa – com Gene Siskel (com quem ele apresentou um programa semanal com discussões sobre cinema por 24 anos); o encontro com Chaz (a mulher pela qual ele esperou toda a sua vida); e a maneira como Ebert conseguiu transpor a barreira do crítico “arrogante”, passando a se transformar numa pessoa com bom relacionamento (até próximo demais, de acordo com os seus desafetos) com os profissionais da indústria cinematográfica.
“Life Itself: A Vida de Roger Ebert” é um filme obrigatório para quem gosta de cinema. Mais ainda para quem, como eu, se dedica a escrever sobre a sétima arte. Roger Ebert escrevia mais de 200 críticas de filmes, por ano. Seu estilo definiu toda uma geração de jornalistas que enxergam nele um exemplo a ser seguido. Ebert provou que o cinema, mesmo aquele considerado de arte, pode ser acessível à boa parte da população. O espaço que ele e Gene Siskel possuíam, semanalmente, na rede pública de televisão, atingindo milhões de norte-americanos, para falar e discutir sobre cinema, nunca poderá ser ignorado. O cinema não foi feito somente para tocar, divertir, emocionar e falar com as pessoas. A função maior da sétima arte é nos ajudar a entender a cultura e a sociedade na qual estamos inseridos. Com seus textos pessoais e sinceros, com certeza, Roger Ebert ajudou a cumprir esse papel.
Life Itself é uma experiência divertida e monótona ao mesmo tempo. Divertida porque acompanhamos a vida de Rober Ebert -- um dos críticos mais famosos e conceituados no mundo, falecido em 2013 -- desde quando começou a escrever. E o sujeito era um... como dizer isso sem soar xulo? Porra-loca. Estava sempre no bar, saía com mulheres não-convencionais na maioria das vezes, e virou um alcóolatra crônico. Ou seja: o estereótipo de um escritor bem-sucedido.
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