Muito além de ser um filme de ficção, ou ser um documentário, ou ser uma simples obra audiovisual, Elena é uma experiência cinematográfica, das mais arrebatadoras possíveis. Eu não sei o que Petra Costa fez ali, só sei que conseguiu me enternecer de tal maneira que eu posso dizer, com todas as letras e expressões possíveis que foi nesse longa aqui o momento em que mais chorei numa sala de cinema. E não foi um choro simples... Fiquei em prantos. Eu não sou de chorar em filmes, dá pra contar nos dedos os filmes em que eu tenha me emocionado a esse ponto, porém, Elena é transcendental. Vou levar pra vida.
Não perdendo nada a grandes e antigos filmes, clássicos do drama, que eu já vi em toda minha vida de cinéfilo, a história triunfa de tal maneira que consegue envolver com a poesia de toda aquela história, misteriosa, sombria... sem parecer pedante. E é um êxito gigantesco, muitos filmes que têm essa pretensão, não escapam desse tipo de erro. É assombroso que o filme se garanta.
Estou até meio atônito pra escrever sobre Elena. Até porque, o melhor a se fazer é ir pra sessão sabendo nada. Ou pouco. O menos possível. Eu vi o trailer, imaginei que estragasse a experiência como tantos outros, mas não: só instiga, como um bom trailer tem que fazer. E é gratificante demais que o filme, não só corresponda, como ultrapasse com muito vigor as expectativas nos trazendo surpresas e novidades.
Estamos aqui diante de um dos grandes filmes do ano, de uma verdadeira obra-prima. Sensorial, emocionante, sedutor, extasiante. Onde o difícil é voltar à vida normal depois de sua exibição.