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Taiani M.
38 seguidores
17 críticas
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2,5
Enviada em 13 de junho de 2013
E a maior dor do mundo? "Noite de Reis" tem um ritmo particular. É lento como a superação do trauma, cadenciado como a batida da folia de reis, pacato como Paraty em baixa temporada. Mas a estrada não é tão boa e por vezes acontece uma transição abrupta, incômoda, daquela que serve pra te lembrar que é um filme e Dora não está ali. Dora, essa mulher levada com força por Bianca Byington, aquela que encanta pelo mistério e parece ser a dona do filme, mas tem seu protagonismo roubado pela família: uma filha estranhamente distante, vivida por uma jovem atriz forçada e o pai sumido/excêntrico, do sempre ótimo Enrique Diaz. Ele invade a casa com o silêncio e o passado, jogando Dora - e sua tentativa de retomada - para segundo plano. Ela chora, mas é ele quem provoca lágrimas ao tocar "Lamento Sertanejo". Muitos caminhos possíveis são apresentados e a fragmentação ganha. Ações fragmentadas, fragmentação da família. Mas que não representa destruição total e sim uma pretensa reformulação. Tanto acontece em tão pouco tempo que nada na verdade muda. A casa continua, o mar continua, o silêncio continua, a folia volta. Um círculo vicioso belamente fotografado e com um som perfeitamente trabalhado.
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