O filme ao todo não é lá uma mega produção de arrasar quarteirões. No entanto, mesmo com uma história simples e um roteiro que deixa um pouco a desejar, o longa merece destaque com a inovação do uso 3D, sendo o primeiro filme brasileiro a explorar a ideia, e faz isso de maneira muito bem, com jogos de câmera e fotografias bem organizadas e planejadas, coisas que muitos filmes americanos com mega patrocínios pecam e feio, mas é claro, não espere ver efeitos especiais mirabolantes ou cenas 3D de tirar o fôlego, afinal, o filme é de comédia.
Só que, por outro lado, a "comédia" do filme deixa muito a desejar, e fica evidente o esforço, sem se tornar natural. Como é o caso do Leandro Hassum, que parece ter sempre apenas 1 personagem em todos os filmes que participa. Contudo, longe de ser um besteirol brasileiro, alguns risos ainda são tomados do público em cenas "nosense" como a do assalto ou mesmo a do Reynaldo Gianecchini e Lívia de Bueno.
Embora seu roteiro não seja de todo mal, com reações em cadeias e uma história bonitinha por detrás de toda essa confusão, o enredo deixa MUITO a desejar, já que acontecem erros gritantes aqui e ali que tiram a naturalidade e veracidade do filme, e reforçam a ideia de ser apenas mais um filme qualquer para tentar puxar atenção do público que não tem nada melhor programado.
Então, se você espera por mais uma produção brasileira de conquista nacional, melhor nem ver, mas se for descompromissado e quiser conferir o primeiro filme 3D brasileiro, vale a pena conferir. Mesmo que os patrocinadores abusem no merchandise, o 3D merece aplausos se comparado ao contexto em que se é utilizado o recurso atualmente. E de quebra, você ainda se diverte com toda essa confusão do guardador de carros e a música final de Skank.