Pessoalmente não costumo ver filmes holandeses, mas recentemente deparei-me com este, numa promoção e, como estava bem barato, decidi comprá-lo. Não evito produções da Holanda, apenas não costumo vê-las, e Traição foi uma bela surpresa.
O título não poderia ser mais conveniente e exato: é exatamente sobre traição que o filme fala, do começo ao fim, sendo a mais evidente e quase onipresente a conjugal, mas há também outras que presentes em menor escala na história, mas estão lá. Porém esse filme não é um longo discurso chato contra a traição ou um thriller envolvendo grandes corporações, espionagem e afins (embora até tenha um empresário na história e ele seja uma das figuras centrais) — muito pelo contrário, é uma comédia, embora possa não parecer logo de cara, e a história é baseada numa lógica “o que bate, volta”.
É divertido ver como a trama se desenrola, com pequenas e grandes traições, alianças e, como tudo se resolve. Ou quase. Enfim, é um filme divertido, bom para quem gosta de um humor meio britânico e quer ver uma história sem muita profundidade, mas que ao fim que te faça terminar o filme ao menos com um sorriso irônico. Não é um filme especial, mas vale o tempo investido, se não esperar, repito, um filme hollywoodiano de ação “trapaça, corporações, traição, mistério e muitos tiros”. Ou se espera, mas ainda está aberto a uma surpresa mais leve (quem sabe?).
Nota: se você tem problemas com nudez, fique avisado que tem rápidas cenas do tipo. Nada demais, mas como há quem se ofenda raivosamente só com um mamilo que apareceu quase por acaso.