Média
3,7
2043 notas
Você assistiu Êxodo: Deuses e Reis ?
2,0
Enviada em 29 de dezembro de 2014
O Filme de Ridley Scott ÊXODO – DEUSES E REIS é uma releitura do relato bíblico do livro de êxodo que narra o famoso milagre da travessia do mar vermelho. Contudo, o diretor não seguiu a risca os acontecimentos. Considerando que ele sendo ateu, não teria a mesma visão que um religioso tem, por isso, retirou do filme a imagem de Deus, construída na Bíblia e a rebaixou a uma criança “arrogante”, acabando por retirar também a ação milagrosa de Deus na abertura do mar.
Os erros em relação ao “script” original são evidentes, basta apenas ao leitor ler a Bíblia sagrada que perceberá que a cena da sarça ardente está completamente equivocada, (sob o ponto de vista bíblico), já que Deus foi retratado como uma criança, e a conversa deles foi rápida e o diretor fez com que esse episódio parecesse uma ilusão da cabeça de Moisés, algo como uma “esquizofrenia” ou “delírio”; uma ironia, percebo, pois, na mente de um não cristão, “como poderia Deus falar como um homem por meio de uma planta que não queima?” então deixou que o telespectador decida por si mesmo a questão: delírio ou fato.
Outro, entre tantos equívocos, spoiler: está no fato de que os dez mandamentos foram escritos por Moisés.
Aliás, os dez mandamentos foi um momento peculiar no relato Bíblico, se a direção tivesse feito igual ao original, teria melhorado o filme, já que a entrega deles envolve monte, fogo, trovões e terremotos – os efeitos seriam incríveis. Mas enfim, foram demasiados tropeços.
Quero deixar mais claro outro aspecto. Em determinado ponto do filme passa-se um diálogo entre Moisés e o vice-rei que cuidava da cidade de Pitom. Nele o homem ironiza o povo de Israel dizendo que o próprio nome deles – Israel- significa “brigar com Deus” em contra partida, Moisés refuta afirmando que não é brigar e sim “lutar”. Para tentar deixar mais nítida essa questão explico a vocês, caros leitores. Na verdade quem me esclareceu sobre isso foi o Dr. Rodrigo Silva em uma palestra realizada em Teixeira de Freitas – BA. Explica que o povo de Israel não se curva sem antes questionar, é aquela velha frase “duvidar para crer”, aqueles que obedecem cegamente sem outrora terem tido um encontro com Deus, quase que um confronto, não seguem o exemplo bíblico, como por exemplo a história de Jó e de Jacó, ambos questionaram a Deus, e por isso vieram a entender seus planos e ações. Esse é a síntese do sentido dessa expressão.
Ao ler as outras criticas referente ao filme, percebi que muitas delas dizem mais ou menos assim: “muitos cientistas afirmam que não existem prova científica para a história do mar vermelho”. Curiosa que sou, foi atrás dessas provas, que já tinha lido em algum lugar antes. Foram achadas aquelas que podem ser as rodas das carruagens do exército egípcio, muitos cientistas concordam que pode ser devido às evidencias; foi o arqueólogo Michael Rood quem encontrou através de filmagem subaquática. Os cientistas Carl Drews e Weiging Han fizeram uma pesquisa para descobrir se era possível o mar formar essa coluna de água descrita na Bíblia. Considerando o relevo da época, descobriram que se o vento estivesse a 100km/h, em um período de 12 horas seria possível ocorrer de o vento levantar o mar. Portanto é até mais lógico crer nas colunas de água.
Porém o que mais preocupa é a construção da imagem de Deus feita nessa película. Os sites que discorrem sobre o filme o definem assim: “criança insolente” “birrenta” “autoritário” “arrogância apressada” “Deus infantil” “decidido” “cruel” entre outros. Sabe-se que o Deus de Israel não é assim. Ele quer proteger seus filhos para que não conheça a própria pele as consequências dramáticas do mal. É o Deus amor, por que Ele é o amor, então jamais teria essas características, apesar de ás vezes parecer, já que vemos tudo com o olhar humano limitado. Talvez a aparência de um Deus autoritário tenha a ver com a passagem bíblica que diz: “Deus endureceu o coração de faraó” (Ex. 9:12). Porém é preciso analisar algumas questões. O arqueólogo Dr. Rodrigo menciona que “A ideia de um faraó de coração duro pode ser ainda mais esclarecida se atentarmos para o fato de que o estudo de várias múmias revelou o estranho costume egípcio de colocar dentro do corpo mumificado um escaravelho de pedra bem no lugar do coração” assim o a palavra traduzida por endurecer tem sentido de “tornar em pedra” e não a conotação que o português tem dessa palavra, no sentido de que Deus não deu o livre arbítrio para o faraó.
Esclarecido, então, Deus pelo contrário, não é birrento, mas misericordioso, mandou as pragas a fim de provar que Ele é o único Deus, e retirar o pensamento de faraó que ele é o deus. Cada praga foi uma oportunidade para o líder egípcio de arrepender e deixar o povo ir, mas precisou de dez pragas e o milagre do mar para que entendesse a soberania do Deus de Israel. Então não é infantil um ser que quer perdoar mesmo diante de tantas ofensas a Ele feitas, um ser que opera milagres, que fala com o povo, que mostra o caminho a seguir, através dos mandamentos. Esse é o Deus que Scott negou em seu filme.
Não foi a toa que o filme foi proibido de assistir no próprio Egito e nos Emirados Árabes, pois as autoridades consideraram a reprodução “distorcida” (R7). E é bastante. Entendam que ao fazer um filme baseado em um livro é de se esperar que venham as críticas, pois os leitores querem ver o enredo semelhante ao relato escrito, assim, os que leem a Bíblia, o livro que baseou Ridley, é justo que se pronunciem como qualquer leitor de outro livro o faria.
Portanto, jovens, cuidado ao assistirem essas produções hollywoodianas que são a contrafação a verdade por que “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”, quanto mais assistirmos essas coisas, mais acharemos normal, e um dia iremos acreditar nelas. Esse é o poder da contemplação. Cuidado com as entradas da alma: visão e audição.
Por Yasmin Freitas.
2,5
Enviada em 26 de dezembro de 2014
Questionar a fidelidade de um filme sobre uma passagem bíblica é temerário, afinal, as próprias religiões que nela se baseiam divergem entre si sobre seus postulados. Ora, nesse caso, por que um roteirista precisa ser absolutamente fiel? É dessa premissa que parte "Êxodo: Deuses e Reis". Usa da liberdade criativa, mas não abusa, como fez "Noé". Isto é, o esqueleto é o mesmo, com algumas pitadas de "é assim mesmo que está escrito?". O tempero final é agradável, mas distante da consagração.
O filme apresenta dois equívocos que merecem destaque, conectados um ao outro, ambos relativos ao tempo. O ritmo é inconstante, resultando em um filme que, de tão longo, flerta com o tédio. Ou seja, várias cenas podiam ser abreviadas, resultando em um filme também mais breve. Não é por surpresa que Christian Bale carrega "Êxodo" do começo ao fim. Não fosse o Moisés de Bale, o resultado poderia ter sido desastroso. Não que o ator estivesse inspirado, não foi seu melhor papel - embora um Bale não inspirado seja melhor que a maioria dos hollywoodianos. Mas é o grande trunfo da obra como um todo. Surpreendentemente, Moisés não é um simples pastor que segue as ordens divinas de forma passiva. Ao contrário, Moisés, nas suas conversas com Deus (esse merece uma observação à parte), o questiona e o enfrenta. Não bastasse isso, a história dá a entender (ainda que não explicite) que Moisés, um grande cético, é ateu. Essa, uma das maiores surpresas: Deus teria escolhido um homem cético, questionador e ateu para cumprir uma missão. Irônico, não? Na verdade, não: Deus deixa claro que é justamente por ser racionalista que Moisés foi escolhido. O que poderia ser um defeito, acaba sendo uma virtude. Ok, é bem verdade que Ridley Scott opta por moldar Moisés dessa forma porque é vantajoso. É muito mais interessante Moisés retratado como um guerreiro estrategista e descrente que o tradicional pastor já mais que conhecido. Isso é ser original, o que não é novidade nem para Bale, nem para Scott. E é por isso que Moisés é quase a grande estrela do filme.
A grande estrela é o pequenino que interpreta Deus, nas conversas com Moisés. Se foi surpresa o Moisés cético, surpresa maior foi colocar uma criança para um papel dotado de complexidade como esse. Não é qualquer criança que seria capaz de dar vida a esta personagem (Deus), contracenando com um dos grandes da atualidade (Bale), e fazendo isso com competência digna dos mais experientes. Talento puro do menino.
Os efeitos podem ser sintetizados como qualidade e competência, sem nada de extraordinário. A bem da verdade, extraordinário é um adjetivo que não cabe para esse filme de Ridley Scott. Nem parece o mesmo Scott responsável por "Gladiador", esse sim, no mínimo, diferenciado (e com algumas semelhanças, como o protagonista marcante e várias cenas de ação).
Seria injusto ignorar as pequenas falhas, como a absoluta insignificância do papel de Sigourney Weaver, a atuação rasa de Joel Edgerton e a participação diminuta e (portanto) frustrante de Ben Kingley (que, por outro lado, nas raras falas, mostra muito bem quem é e o porquê da sua fama). Mas também seria injusto condenar o filme por isso, que, não obstante essas três decepções do elenco, tem um John Turturro como nunca antes visto. Uma participação também pequena (só não podem reclamar disso Bale e Edgerton), mas com sobriedade ímpar. O faraó de Turturro (Seti) fez inveja ao de Edgerton (Ramsés), tanto como papel quanto como atuação. As inconsistências do roteiro precisam ser ignoradas, pois o próprio texto-base (a Bíblia) por si só já é bastante dúbio. spoiler: Dois exemplos: Ramsés matou várias famílias de hebreus, querendo que estes entregassem Moisés, mas eles incrivelmente nada fizeram (não havia sequer um hebreu disposto a livrar as famílias?); e as pragas que tanto mal fizeram aos egípcios inexplicavelmente deixaram intactos os hebreus (exceto quando da morte das crianças, cena que tem explicação).

Longe de ser ruim, muito longe de ser ótimo, "Êxodo: Deuses e Reis", analisado como um todo, não empolga, nem decepciona; não entedia, nem emociona. É apenas mais um filme a ser visto, com o condão de entreter sem ficar na memória por muito tempo. Talvez o desafio fosse grande demais para uma história tão repetida (do tipo "um filme sobre Moisés, de novo?"). Um desafio maior que a competência indiscutível de Scott e Bale. Valeu a tentativa.
2,5
Enviada em 29 de dezembro de 2014
É um filme de ficção, com um pouco de aventura e uns toques dramáticos. E é baseado na ficção biblica, onde tal historia nunca aconteceu na vida real, nao existem registros historicos, nao ha documentacao confiavel, nao ha evidencias que comprovem a veracidade biblica, nada de nada. Nao ha nem mesmo registro de que a pessoa chamada "Moises" um dia existiu como personagem real. E segundo consta, a mitologia de Moises é muito parecida com a de Sargão II (que viveu muito tempo antes das lendas biblicas). E em estudos arqueologicos promovidos por Israel Finkelstein, foi observado e comprovado de que o Exodo nunca aconteceu de verdade. Nao é para levar o filme e nem a Biblia a sério, devendo ser tratadas apenas como ficção recreativa, sem nenhuma intencao ou pretensão de veracidade. Nem mesmo na Historia Oficial do Egito ou na ciencia da Egiptologia, nao ha nenhuma menção a essas lendas biblicas.
2,0
Enviada em 3 de maio de 2015
Péssimo pouco fiel a história original, distorcido em alguns pontos! por exemplo Arão não participar do filme, Deus como uma criança, minimizando seu poder e por aí vai.
O bom mesmo são as pragas ficou bem feito.
E tão difícil assim seguir a história original, porque se for assim melhor nem fazer.
2,5
Enviada em 30 de dezembro de 2014
Bons efeitos especiais, bons atores, mas não vale o 3D... Tem aquela velha história "o livro é melhor que o filme". É um filme médio.
2,0
Enviada em 2 de janeiro de 2015
Um filme na minha opinião com uma boa produção, mas com um roteiro horrível. O filme se salva um pouco depois que começam as pragas. Mas Deus sendo retratado com uma criança não da! Alem de alterarem informações importantes
2,0
Enviada em 29 de dezembro de 2014
Talvez as críticas feitas ao filmes sejam um tanto duras, muito provavelmente pelo tanto que se esperava dele, não é um filme de fato ruim, apenas não é um filme bom. Duas horas e meia de filme são de fato uma tortura, uma história fraca, com claras intenções de ser apenas mais um blockbuster hollywoodiano, faltou muito pra entregar o que prometeu.
2,5
Enviada em 23 de dezembro de 2014
O filme foi bom, esperava mais por estarmos no século 21.Porem a atuação do Christian Bale como personagem principal, foi extraordinariamente esplêndido. (7,0)
2,5
Enviada em 26 de outubro de 2015
Exodus é uma adaptação da história bíblica do Êxodo, segundo livro do Antigo Testamento. O filme narra a vida do profeta Moisés (Christian Bale), nascido entre os hebreus na época em que o faraó ordenava que todos os homens hebreus fossem afogados. Moisés é resgatado pela irmã do faraó e criado na família real. Quando se torna adulto, Moisés recebe ordens de Deus para ir ao Egito, na intenção de liberar os hebreus da opressão. No caminho, ele deve enfrentar a travessia do deserto e passar pelo Mar Vermelho. Uma Adaptaçao Nada Aver da Historia Verdadeira , Filme Tinha tudo para ser bom , tem um elenco bom , um otimo diretor , mais decepcionou , mais o filme nao e ruim , tem seus bons momentos , e efeitos especiais bom , nota 5/10
2,5
Enviada em 4 de janeiro de 2015
Assisti o filme Exodo hoje e refletindo cheguei as seguintes conclusões:Sou uma pessoa de sorte por ter sido apresentada aos filmes "antigos" (mas que na verdade são atemporais tamanha qualidade) da época de ouro do cinema.Digo isso porque cada vez mais noto que os filmes são puramente comerciais, um produto que esbanja tecnologia mas que não consegue emocionar o telespectador.
O Exodo é lindo fotograficamente falando, mas é tão valorizado pelos seus efeitos especiais, que a trama e a boa interpretação dos personagens passa a ser uma questão secundária no filme.Sigourney Weaver coitada, se teve dez frases no filme todo foi lucro. Ben Kinsgley também.

Incrível é que o filme Os dez Mandamentos que é datado de 1956 (!!!), não possuía nem metade da tecnologia atual e ainda sim conseguiu (e consegue até hoje) convencer e emocionar quem o assiste através de sua trama e de seus inúmeros personagens cativantes, rigorosamente bem interpretados e carismáticos do começo ao fim.
Neste filme, a boa interpretação vai além da figura de Moisés e do faraó Ramsés, ela está em toda parte como por exemplo no escultor de caráter Josué, a mãe hebreia Yochabel, a apaixonada egoísta e vingativa princesa Nefretiri, o hebreu "vendido" Dathan ...e por aí vai!Sem contar os bons valores que o filme nos transmite, levantando questões como o motivo de um homem ser escravo, se ele é como todos os outros, sendo que o que difere é apenas um título, a retidão de caráter e honra, o brotar do senso de justiça.

Amigos, Exodo é uma boa distração. Os dez Mandamentos é uma obra de arte.Se querem entretenimento, esperem o dvd e aluguem, nada de pagar caro num filme comum cujo diferencial são os efeitos especiais.Agora, se querem entretenimento E SUSPIRAR depois, aluguem Os Dez Mandamentos, vale a pena.
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