História real de uma jovem australiana Robyn Davidson, interpretada por Mia Wasikowska que em 1977 viajou pelo deserto australiano, de Alice Springs ao Oceano Índico, acompanhada por quatro camelos e um cachorro por 3.000 km. Auxiliada por um fotógrafo que organizou apoio financeiro para sua viagem através da revista National Geographic e por alguns aborígenes que a guiaram por suas terras sagradas, uma viagem que duraram nove meses. Mia Wasikowska está muito bem como Davidson, bastante crível em uma atuação maravilhosa. Tem um ritmo magnífico, às 1h 46 min, não se arrasta nem um pouco. Sua cinematografia às vezes é de tirar o fôlego com paisagens espetaculares. Conforme ela progride em sua jornada, seu senso de realidade é questionado, afetado tanto por seu isolamento quanto pelo ambiente físico quente. Isso é amplificado pela direção de John Curran, que acrescenta à natureza surreal dessas sequências e à fantástica cinematografia de Mandy Walker, que realmente destaca a bela paisagem ao mesmo tempo, em que a mostra como quente, seca e dura. Com sinceridade feroz, Robyn Davidson compartilha seus sentimentos mais profundos, sua vida e sua tristeza conosco. Seu diário fala de uma alma assombrada que busca alívio ao cruzar uma infinidade de terras desérticas. Definitivamente, vale muito assistir.