Sabe aquele filme que não te deixa piscar, te contagia e faz você querer vê-lo em câmera lenta para não perder nenhum simples detalhe?
Pois é este é o atual presente de Wes Anderson para o público. O seu “O Grande Hotel Budapeste”, reafirma a capacidade do diretor que outrora encantou o público com “Os Excêntricos Tenenbaums” de 2001 (se não viu, baixe e assista!).
Com a sua nova obra, Wes parece caminhar no mesmo hall dos grandes diretores, dito alternativos, como o queridinho americano Woody Allen e o castellano Almodóvar. O filme do novo diretor deixa sua marca, representada por uma estética única, abuso de cores fortes e ambientação impecável dos anos 30, numa criação de uma república ficticia do leste Europeu chamada Zubrowka.
Formada por um elenco de peso, “O Grande Hotel Budapeste” conta com atores como Ralph Fiennes, Jude Law, Willem Dafoe, Jeff Goldblum dentre outros, que de maneira bem dirigida e baseada em excelente roteiro contam a história do “concierge” Gustave, um excêntrico e querido funcionário do hotel que divide sua paixão entre o lugar e o amor por mulheres loiras e de idade avançada (isso mesmo).
A história do filme ganha fôlego com a morte de uma das “amantes”, no sentido literal da palavra, de Gustave, uma rica e solitária senhora, que trará muitas confusões para o “concierge” mesmo já estando do outro lado da vida.
Cenários incríveis, paisagens deslumbrantes, trilha sonora precisa e atuações impecáveis fazem com que o “O Grande Hotel Budapeste” desponte como uma futura indicação de Oscar.
Quem viver verá.
Obs. À aqueles curiosos de plantão, a curiosidade é que o filme recebeu incentivos do governo Alemão e por isso foi ambientando no próprio país, numa antiga loja de departamento que virou cenário para os atores e sua equipe.