Não vou escrever uma crítica completa mas precisava deixar minhas impressões registradas. É uma satisfação imensa assistir um filme de um diretor cheio de personalidade, que se arrisca a ver o cinema por uma perspectiva absolutamente própria e, com isso, constrói um novo gênero, tanto em termos narrativos quanto visuais. O Grande Hotel Budapeste é um ótimo exemplo do que o cinema precisa: histórias autênticas, resistentes ao tempo, à influência dos blockbusters e à padronização generalizada. E que time Wes Anderson conseguiu reunir! Entre ingleses, americanos, franceses, irlandeses... o que salta aos olhos é o talento transbordante a enriquecer ainda mais a obra extremamente detalhista e simétrica. Seria estranho comparar o filme a uma matrioska (aquelas bonecas russas de madeira que têm vários tamanhos e encaixam-se umas dentro das outras)? De qualquer forma, vou fazê-lo: é um desafio guiar uma história quando a mesma está repleta de subtramas, que surgem de uma matrioska maior (a grande homenagem que é ao autor fictício que narra sua história no hotel) até atingir a menor delas e voltar ao tamanho normal. Mas não foi problema neste caso, porque O Grande Hotel Budapeste é guiado por mãos habilidosas seguindo sobre fortes trilhos.
Os filmes de Wes Anderson retratam seu estilo peculiar de filmar. Os cenários, as cores, os personagens caricatos, as situações inusitadas, algumas gags. Compare esse filmes com Moonrise Kingdom, Os Excêntricos Tenenbauns, A vida de Steve Szsou etc. Talvez o fime mais "normal" dele seja o ótimo "Três é demais".Quanto ao Grande Hotel Budapeste, ele se explica por si. Mesmo quem não goste do diretor deve assisti-lo.
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