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    Carol
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    4,3
    767 notas
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    65 Críticas do usuário

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    Kelly Hayd
    Kelly Hayd

    22 seguidores 2 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 1 de março de 2016
    Ao esperar uma obra padrão de uma história de amor proibida, me deparei com a surpresa de um filme minunciosamente elaborado. Não foi a primeira obra traduzida para o meio cinematográfico e, com o andar da carruagem, não será a última. Se até Alfred Hitchcock se rendeu aos escritos de Patrícia Highsmith, em “Pacto Sinistro” de 1951, só pode significar que as obras tem seu valor.

    Patrícia foi uma mulher reclusa e bastante misteriosa. Não á toa que Joan Schenkar dedicou um bom tempo de pesquisa para desvendar os maiores segredos da autora e publicar em seu livro “A Talentosa Highsmith“. A escritora utilizou de suas próprias experiências para criar suas personagens e envolver os mais desconfiados leitores. Nada mirabolante demais, nem dramático em demasia, tudo na medida certa.

    Em “Carol”, a começar pela história adaptada, o filme tece um sutil entrelaçamento de expectativa e sutileza. É fato que todo filme da temática gay tenta ser o mais sutil o possível com o intuito de convencer até as mentes mais retrógradas de que não passa de uma história de amor. “Carol” vai além. A sutileza está na interpretação do diretor Todd Haynes e não no roteiro, que desde o princípio deixa claro o problema central do filme.

    A paixão entre Carol Aird (Cate Blanchett) e Therese Belivet (Rooney Mara) não é avassaladora. Não é um amor a primeira vista. É a intriga com o que existe por trás do olhar de cada uma que as une, as envolve e as marcam. Vindas de realidades completamente opostas e tendo Therese, que nunca antes se apaixonou por uma mulher, como alvo dos caprichos de Carol, o romance entre as duas era mais que improvável. Mas ainda não é isso que nos prende.

    O ritmo do filme chega a ser contraditório. Ao mesmo tempo em que tudo vai acontecendo na vida de Carol, em relação à guarda de sua filha Rindy e o divórcio com Harge (Kyle Chandler), a relação entre Therese e Carol, apesar das rápidas escolhas de estarem cada vez mais próximas, caminha lentamente. É a leitura de uma poesia em meio ao turbilhão de uma metrópole. E é a expectativa do que está por vir que nos mantém reféns da tela do cinema.

    Tanto Cate Blanchett como Rooney Mara estão impecáveis no filme, mas é Cate quem surpreende. Seu olhar austero e ao mesmo tempo sedutor, sua postura imponente que chega a intimidar, ao mesmo tempo que convida à proximidade. Belíssima e intrigante, Cate nos conduz dentre seus mistérios e desejos, nos envolve em suas angústias e nos obriga a perdoá-la por suas escolhas. É uma mistura de amor e paixão, dedicação e abdicação.

    A fotografia não podia ser mais peculiar. Sempre nos provocando a ansiedade de saber o que encontra-se do outro lado para onde a câmera está a nos levar vagarosamente. Fundamentada em seus detalhes que nos aproximam das sensações das personagens, nos repetitivos reflexos de Therese nos vidros de trens e carros que nos faz pensar se ela age por ela mesma ou por consequência de sempre dizer “sim” a tudo. A cena de intimidade nunca será como “Azul é A Cor Mais Quente”, mas porque não quer. Não é a intenção e não teria sentido uma imagem tão explícita em um contexto já tão transgressor. Novamente a sutileza da leitura bate à porta e nos deixa embasbacados com a representação do amor, e não do sexo.

    Vale ressaltar que os figurinos são obras de ninguém menos que Sandy Powell, indicada 11 vezes e vencedora de 3 estatuetas da academia por suas brilhantes criações. Os detalhes em “Carol” não deixam a desejar. As cores que evoluem conforme a intensificação da sedução, o vermelho vibrante de Carol em meio a uma multidão de tons de cinza, o ar de doçura e pureza de Therese que também se transforma quando ela decide dar andamento ao seu sonho de tornar-se fotógrafa.

    O filme, como dito no começo do artigo, é minunciosamente elaborado. Cada elemento complementa o outro de forma única e necessária. É o que faz necessário que você assista a este filme.

    H.K.
    Breno Rossini C.
    Breno Rossini C.

    2 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 29 de fevereiro de 2016
    Não é daquele tipo de filme "agitado" sabe, mas de alguma maneira ele te prende e te deixa cada vez mais interessado em saber no que vai dar, a história é muito bem desenvolvida, foca na relação entre as duas personagens sem omitir o preconceito presente na sociedade. outro detalhe é que a trilha sonora é muito bonita e os cenários são muito ricos também, Cate e Rooney Mara dão um show na atuação, em alguns momentos elas falam apenas com o olhar, as personagens das duas são bem intrigantes, o filme no geral é interessante, bonito e bem produzido, vale a pena assistir.
    Luiz G.
    Luiz G.

    1 seguidor 12 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 27 de fevereiro de 2016
    Carol tem seu baluarte nas excelentes atuações de Cate Blanchett que, embora apareça menos no filme, é com certeza a personagem mais atraente em todos os sentidos e Rooney Mara que também faz o seu papel de representar uma moça ingênua que pouco sabe o que quer da sua vida.
    Ademais, Carol também se destaca por uma direção de fotografia belíssima auxiliada por um cenário e um figurino bem convincentes.
    Quanto à trama, ou seja, ao roteiro, pode-se dizer que ele consegue ser concomitantemente progressivo em um tema polêmico, mas sem impactação, isto é, não consegue tocar na ferida e deixar sangrar.
    Kamila A.
    Kamila A.

    7.616 seguidores 810 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 26 de fevereiro de 2016
    Apesar do filme ser chamado Carol, a verdade é que a grande jornada vivida durante o filme dirigido por Todd Haynes é a experimentada por Therese Belivet (Rooney Mara, numa performance indicada – erroneamente – ao Oscar 2016 de Melhor Atriz Coadjuvante). Na cidade de Nova York, na década de 1950, Therese trabalha como vendedora em uma grande loja de departamento e possui um namorado (Jake Lacy) que a pressiona a se casar. Entretanto, ao observarmos a personagem de uma forma mais atenta, sentimos que ela ainda está em busca de algo – de si mesma e daquilo que ela realmente deseja para a sua vida.

    É certo dizer que o mundo de Therese se expande a partir do momento em que ela cruza olhares com Carol Aird (Cate Blanchett, numa performance indicada ao Oscar 2016 de Melhor Atriz), uma das clientes da loja na qual ela trabalha. Carol tem uma aparência magnética, elegante e que atrai e seduz Therese. Logo, as duas estreitam o seu relacionamento e Carol, uma mulher mais experiente e certa daquilo que ela é, conduz Therese em caminhos de descobertas próprias em busca do seu verdadeiro eu.

    Dirigido com elegância, classe e sutileza por Todd Haynes, Carol é um filme que se torna marcante pela competência do seu elenco (que ainda conta com as maravilhosas performances coadjuvantes de Sarah Paulson e de Kyle Chandler) e de sua parte técnica – com destaque para a trilha sonora de Carter Burwell, que preenche os muitos vazios advindos da personalidade introvertida de Therese Belivet e que, em muitas cenas, parece nos revelar toda a gama de emoções que a personagem estava sentindo.

    Carol ainda acerta em suas tramas paralelas. Baseado num livro escrito por Patricia Highsmith (conhecida pelos livros da série estrelada por Thomas Ripley), o filme consegue mostrar bem como era desafiadora a rotina de uma mulher como Carol Aird, que largou um casamento com um homem bem-sucedido para viver a sua vida da maneira que ela gostaria, enfrentando, muitas vezes, a hipocrisia de uma sociedade que só sabe viver de aparências.
    Gisele C.
    Gisele C.

    2 críticas Seguir usuário

    2,5
    Enviada em 19 de fevereiro de 2016
    Ótima atuação, bela fotografia. .. o filme tinha tudo para ser 10 com estrelinha, mas faltou sal e açúcar. .. Tecnicamente bom, mas um tanto sem gracinha... fica aquela sensação de que faltou algo.
    Leonardo L.
    Leonardo L.

    1 crítica Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 16 de fevereiro de 2016
    linda história de amor
    escolhas e renúncias
    a amizade, a dor de mãe
    a luta por sua filha
    enfim
    viver
    simples palavras e diminutas frases para representação do filme
    o que com certeza se agrava ainda mais considerando o período e todo o contexto desse filme
    um ótimo filme
    Simiao C.
    Simiao C.

    9 seguidores 2 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 14 de fevereiro de 2016
    A história se desenvolve quando Carol Aird (Cate Blanchett) conhece Therese Belivet (Rooney Mara) e elas passam a desenvolver uma relação amorosa. Carol vive um casamento frustrado, cuja filha do casal é objeto de disputa entre ela e o seu ex-marido.
    Pontos altos do filme: fotografia, figurino e atuação. Creio que a única chance de Oscar é pela atuação de Cate Blanchett na categoria de "melhor atriz". Até creio que Rooney Mara pode levar em "melhor atriz coadjuvante", mas torço pela Alicia Vikander (A Garota Dinamarquesa).
    Luiz C.
    Luiz C.

    48 seguidores 36 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 13 de fevereiro de 2016
    Amor, essa doce inspiração
    ...
    Um filme doce, sutil, delicado, sobre uma penetrante história de amor, nos finos anos 50 novaiorquinos, que vai te fazer flutuar. Essa é a minha definição para "Carol", do diretor Todd Haynes, indicado a seis categorias do Oscar 2016. A trama conta a história de Carol Aird (Cate Blanchett), uma mulher chique e apaixonante, que está para se separar do possessivo marido Harge (Kyle Chandler), com quem tem uma adorável filha. Ela foi levada a esse casamento pelas condições sociais da época, já que, naquele tempo, era quase que impossível traçar um caminho de vida que não fosse o tradicional. Até que um dia, perto do feriado do Natal, ela conhece Therese Belivet (Rooney Mara) em uma loja de brinquedos, e as duas começam a se relacionar. Só que aquela amizade vai além, claro: a mais velha se encanta com a simplicidade e pureza da mais jovem... E a mais nova descobre na mais experiente o real motivo para as palavras: curiosidade, fascínio, amor. Elas se apaixonam, e um intenso romance surge naturalmente como um botão de rosa se transformando na mais fina flor.
     
    Mas nem tudo são flores. Se um romance dessa magnitude já é complicado em tempos mais modernos, imagine no retrógrado e familiar anos 50. Além dos preconceitos da época, o ciúme excessivo do futuro ex-marido, aliado à pressão de Carol ter uma filha, dificultam a relação das duas. E, justamente por esses motivos, o enredo ganha ares sensíveis de desilusão, mas com sensibilidade poética retratada com maestria e perfeição. Sem pressa, o roteiro mostra o que realmente precisa ser mostrado. A começar pelo papel que cada uma das atrizes desempenha em cena. A protagonista tem o dom da serenidade, da elegância, do glamour. A coadjuvante tem no olhar e na expressão facial a maneira mais exata para a procura pela liberdade. E Cate Blanchett e Rooney Mara, indicadas às estatuetas de melhor atriz e melhor atriz coadjuvante, respectivamente, atingem o ápice em cena. Como não reparar na forma como Carol toca os cabelos loiros enquanto a neve cai lenta e deslumbrantemente? Ou como não se emocionar quando Therese treme de desejo ao tocar sua amada pela primeira vez? Impecáveis, as duas atrizes se entregam tanto, que mais parece que os papéis foram feitos especialmente para elas.

    Se as duas personagens encantam dessa forma, o diretor e sua equipe fazem um trabalho sagaz, para dar o completo ar de obra-prima à produção. O figurino (o charme da época em casacos de pele, luvas, joias...), a trilha (o som transformado em pura poesia), a fotografia (as paisagens do Oeste norte-americano; as ruas, os carros e os prédios de Nova York; o tom calmo e amarelado de uma era de ouro), e o roteiro (adaptado do livro "The Price of Salt", de Patricia Highsmith), todas as outras indicações ao Oscar, dão o tom célebre merecido.

    Bem, já posso finalizar, pois não há mais o que se falar... Apenas da delicadeza do amor como menu, da paixão tão sensível a olho nu, do enriquecedor momento desse sentimento cru. A viagem no tempo e a inspiração melódica que "Carol" proporciona surge como um presente aos olhos, à mente, ao coração. É tudo aquilo que pode ser definido como admiração.
    Rafaela Carvalho
    Rafaela Carvalho

    2 seguidores 6 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 11 de fevereiro de 2016
    O filme relata a história de duas mulheres, Theresa (Rooney Mara) que possui um relacionamento com um homem no qual não se sente atraída e, por partes, se sente confusa e indecisa com relação a sua vida amorosa e profissional, e Carol (Cate Blanchett), uma mulher atraente e rica, casada e prestes a se divorciar, no qual assume desde o início sua sexualidade e enfrenta um relacionamento abusivo e ciumento por parte de seu marido. No decorrer do filme, os encontros entre as duas mulheres se tornam mais frequentes e a atração entre elas é inevitável.
    Depois de inúmeras brigas com seu marido, Carol convida Theresa para uma viagem afim de se livrar de todos os problemas, na qual, no decorrer da viagem elas se tornam cada vez mais íntimas que por fim, se relacionam amorosamente e faz com que trama se torne cada vez mais íntima e sedutora.
    Carol enfrenta ações judiciais contra seu marido, que a acusa de questões relacionados a moral, no qual associa a moralidade à sexualidade de Carol, fazendo que entre em disputa a guarda de sua única filha. Um filme que te prende do início ao fim, com diálogos profundos e atraentes, trilha sonora impecável e atuação magnífica das atrizes.
    Juarez Vilaca
    Juarez Vilaca

    2.847 seguidores 393 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 8 de fevereiro de 2016
    Um lindo e excelente filme. Um drama sobre sexualidade, envolvendo o romance de duas mulheres. O filme é leve e bem ajustado para não causar impacto, bem próprio para a época, 1948. Muito bem dirigido e com momentos fantásticos de expressão facial, só possíveis por se tratarem de duas das melhores atrizes, do momento. Cate Blanchett e Rooney Mara. Jeniffer Laurence, muito bem em Joy, corre o risco de perder. E acho que vai ser barba e cabelo. Carol leva melhor atriz e melhor atriz coadjuvante, com Rooney Mara, surpreendente. É um filme para amantes do bom cinema, e as sessões estão sempre lotadas de apreciadores. Imperdível.
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