Pinóquio por Guillermo del Toro e um filme excelente, a animação em stop motion produzida pela Netflix e uma nova versão, um pouco mais sombria e diferente, ao longo do filme vimos o Pinóquio tendo uma vida cheia de desafios e aventuras, e com um final muito emocionante, Guillermo junto com o seu elenco e roteiristas fizeram um filme excelente.
Um stop motion como nunca visto antes... lindo, mais adulto, um enredo alterado e focado mais nas relações envolvidas de emoção, perdas, escolhas... altamente recomendado, a melhor versão que já vi.
"Pinóquio por Guillermo del Toro" é uma obra cinematográfica que transcende as adaptações anteriores do clássico de Carlo Collodi, oferecendo uma narrativa rica e multifacetada que mescla fantasia sombria com profundos comentários sociais e políticos. Dirigido por Guillermo del Toro e Mark Gustafson, este filme de animação em stop-motion de 2022 reimagina a conhecida história do boneco de madeira que ganha vida, situando-a na Itália dos anos 1930, sob o regime fascista.
A trama central segue Gepeto, um entalhador que, após a trágica perda de seu filho Carlo durante um bombardeio na Primeira Guerra Mundial, cria em um momento de desespero um boneco de madeira a partir de um pinheiro plantado no túmulo de seu filho. Este boneco, Pinóquio, é trazido à vida por um Duende da Madeira, iniciando uma jornada que explora temas de paternidade, mortalidade e a busca por identidade em um mundo marcado pela opressão política.
A profundidade emocional da narrativa é amplificada pelas performances vocais dos atores. Gregory Mann dá voz a Pinóquio, capturando sua inocência e curiosidade inatas, enquanto David Bradley interpreta Gepeto, transmitindo a dor de um pai enlutado e sua luta para aceitar seu novo "filho". Ewan McGregor assume o papel de Sebastian J. Cricket, oferecendo uma presença sábia e, por vezes, cômica, que serve como a bússola moral de Pinóquio. A química entre o elenco de voz contribui significativamente para a profundidade emocional do filme, tornando os personagens mais tridimensionais e relacionáveis.
O roteiro, coescrito por del Toro e Patrick McHale, é notável por sua capacidade de entrelaçar a narrativa pessoal de Pinóquio com o contexto histórico da Itália fascista. Esta escolha não apenas adiciona uma camada de complexidade à história, mas também serve como uma crítica às ideologias totalitárias, destacando a importância da individualidade e da desobediência saudável em face da conformidade cega. A inclusão de figuras históricas, como Benito Mussolini, e a representação de instituições como o exército juvenil fascista, fornecem um pano de fundo sombrio que contrasta com a inocência de Pinóquio, enriquecendo a narrativa com uma profundidade temática rara em animações.
Visualmente, o filme é uma obra-prima da animação em stop-motion. A atenção meticulosa aos detalhes é evidente em cada quadro, desde as texturas da madeira de Pinóquio até as paisagens italianas ricamente detalhadas. A cinematografia utiliza uma paleta de cores que reflete o tom da narrativa, alternando entre tons quentes e acolhedores nas cenas de ternura e cores mais sombrias e desaturadas durante os momentos de tensão e perigo. A direção de arte cria um mundo que é simultaneamente fantástico e realista, permitindo que o público se perca na história enquanto aprecia a arte da animação.
O desfecho do filme é ao mesmo tempo comovente e contemplativo. Ao contrário de adaptações anteriores que oferecem um final feliz simplista, esta versão aborda a mortalidade e a impermanência da vida de maneira direta. A decisão de Pinóquio de se sacrificar para salvar Gepeto e sua subsequente ressurreição pelo Duende da Madeira servem como uma meditação sobre o amor, a perda e o ciclo contínuo da vida. Este final ressoa profundamente, deixando o público refletindo sobre as complexidades da existência e as nuances das relações humanas.
Em termos gerais, "Pinóquio por Guillermo del Toro" é uma conquista notável no cinema de animação. Ele não apenas reimagina uma história clássica para uma nova geração, mas também a enriquece com profundidade temática e relevância contemporânea. A aclamação crítica é evidenciada por sua impressionante classificação de 97% no Rotten Tomatoes, com o consenso afirmando: "Pinóquio de Guillermo del Toro cumpre totalmente seu título - o que significa que é uma adaptação visualmente impressionante que abraça a escuridão de seu material de origem." Além disso, o filme foi reconhecido com o Oscar de Melhor Filme de Animação em 2023, solidificando seu lugar como uma obra-prima moderna que desafia as convenções do gênero e oferece uma experiência cinematográfica profunda e inesquecível.
Guillermo del Toro dirige sua primeira animação e talvez a melhor do ano, quase tudo aqui funciona, com um roteiro perfeito, apesar de muitas vezes já contada, aqui diferencia pelo ótimo formato que é característico de Guillermo, ressalvas apenas para o boneco do Pinóquio, achando o mesmo um pouco diferente de mais.
"Pinóquio" é de longe umas das melhores animações dos últimos anos, fui assistir ao filme cheio de otimismo, já que o projeto todo era comandando pelo Del Toro, que é um diretor que pouco erro e consegue exprimir muitos significados e sentimentalismo de histórias mais "Macabras" , além de sempre prezar por um incrível aspecto visual de suas obras, e aqui não é diferente, falando primeiro da animação, aquilo está incrível para car#l#o, nem parece um stop motion, foram 14 anos de montagem e animação, e dá para sentir a paixão dos envolvidos no resultado final, além da incrível animação, temos o visual, que não está bonitinho ou nos moldes Disney, bem pelo contrário, aqui temos elementos bem reais, e como estamos tratando de um período extremamente violento e traumático da história humana, com guerras, mortes, opressão e fome, o visual todo contribui para esse clima mais "triste", fora isso o filme conta com uma boa pitada de humor negro e sátiras a Itália fascista. Mas um dos grandes méritos se dá no roteiro, Pinóquio é um filme sobre aceitar a morte, a discussão de ser ou não um menino real se dá na aceitação da fragilidade humana, todos vamos morrer, e é isso que nos faz humanos, será? Pinóquio conversa sobre essa ideia. Pinóquio me lembrou outro filme de Del Torno, o ótimo "Labirinto do Fauno", que na minha opinião, até hoje é o melhor filme do diretor Mexicano, um filme frio e brutal com uma roupagem um pouco mais leve, grande filme, grande historia, grande animação. 9,5/10
Muitos anos após perder seu filho Carlo, durante a I Guerra Mundial, um envelhecido e amargo Geppetto, observa um boneco de madeira criado por ele ganhar vida, provocando espécie na pequena comunidade italiana na qual vivem. Ganhando vida a partir do Espírito da Floresta, possui literalmente dentro de seu coração, e ocasionalmente também tentando ser sua consciência, o Grilo Falante, que escrevia suas memórias quando sua moradia foi derrubada por Geppetto, para utilizar a madeira na criação de seu boneco.
mais em: https://magiadoreal.blogspot.com/2024/01/filme-do-dia-pinoquio-2022-guillermo.html
A marca sombria de Guillermo del Toro é o que transforma essa bela história em algo interessante para adultos. Conhecido por excelentes trabalhos como A Forma da Água, Hellboy I e II e O Labirinto de Fauno, Del Toro, fez de Pinóquio um filme, em alguns momentos, violento, em outros, exagerado, mas na maior parte, belo e verdadeiro. Uma adaptação bonita e atual de uma das maiores obras da Disney, mas não supera a original de 1940. A magia da verdadeira Disney é eterna e seus filmes e desenhos clássicos, jamais serão superados.
Texto dos diálogos sensível mas bastante simples, acessível à menor criancinha. Às vezes, em vez de encher linguiça é melhor ser simples mesmo. O diferencial é o traço do desenho, lindo e original, parece um livro. Mas faltou emoção. Faltou o Pinóquio sofrendo o bullying das outras crianças, não dá pra excluir isso, é clássico do roteiro e é o que mais dá dó, ele sofrendo tanto por servir de chacota e odiar tanto não ser como os outros. (Aqui ele é até admirado!). Ainda que no final ele nem virasse menino e se aceitasse feliz, não precisava suprimir essa parte tão tocante do filme inteiro. E também, essa cara tão de pau dele, a menos humanizada de TODOS os Pinóquios que eu já vi, não tenho dúvidas de que prejudicou a nossa identificação empática com as emoções.
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