Diversos são os filmes do gênero que seguem os mesmos temas e enredos, em "A Marca do Medo" o destaque fica na situação inicial, onde é apresentado um "terror psicológico" com um professor de psicologia e três alunos que seguem com um experimento em uma garota chamada Jane Harper, tendo a afirmação do professor de que esses acontecimentos sobrenaturais eram causados por uma energia negativa criada pela nossa própria mente. Coupland então segue com suas pesquisas em uma mansão, onde Jane é confinada e observada durante todo o filme, que apresenta uma mistura do cinema moderno com o cinema nos anos 70, criando uma arte obscura que agrada o público fã do gênero.
As cenas do filme são totalmente previsíveis por conta dos cortes de câmera, ângulos e iluminação utilizados nas gravações, quebrando qualquer clímax que as cenas possam apresentar no momento do susto. A forma de gravação com cenas profissionais do filme, junto com as gravações amadoras de Bryan não conseguem convencer o espectador de que o que foi mostrado seria real, deixando essa função mais por conta das imagens apresentadas no fim do filme do que pela técnica utilizada na produção do mesmo. Com isso, notamos as falhas no roteiro, que deixa diversos pontos a serem entendidos mesmo após o final do filme, não havendo assim uma harmonia entre tempo e espaço no desenrolar da trama.
Os efeitos utilizados no filme não são dos melhores, tornando completamente irreais algumas cenas que estariam sendo gravadas pela câmera de Bryan, quebrando novamente a tensão do espectador. O maior destaque fica pelo próprio elenco. Olivia Cooke fez um ótimo trabalho com a personagem Jane, adequando a entonação de voz e a expressão de acordo com as cenas, transmitindo diferentes emoções ao público e representando perfeitamente, ora uma paciente com problemas psiquiátricos, ora uma garota possuída.
Jared Harris desempenhou da melhor forma uma linha de professor completamente indelicado, junto de Sam Claflin, como Bryan, que representou um típico estudante curioso e cinegrafista amador.
Erin Richards, por sua vez, reviveu a essência dos filmes dos anos 70, com figurino e atuação correspondentes á personagens da época.
Por fim, em seu desfecho, o filme que antes prendia seus espectadores, curiosos por saber como terminaria a trama, acaba por decepcionar o público com um final nada surpreendente, estragando o pouco de criatividade durante o longa, e a boa combinação de gravação profissional e amadora que John Pogue utilizou na criação do filme.