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Adriano Côrtes Santos
726 seguidores
778 críticas
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5,0
Enviada em 26 de dezembro de 2024
Antológica obra de George Romero, onde sobreviventes se refugiam em um shopping, enfrentando não só zumbis, mas o próprio consumismo, empatias, antipatias e desconfianças. George A. Romero eleva o terror a um comentário social impactante em O Despertar dos Mortos. Explorando a metáfora dos zumbis como consumidores insaciáveis, o filme questiona o vazio do consumismo e a fragilidade da civilização. A história acompanha um grupo de sobreviventes refugiados em um shopping center, onde a luta contra os mortos-vivos reflete o embate com suas próprias naturezas. Com doses equilibradas de suspense, crítica social e violência gráfica, Romero transforma um simples filme de zumbis em uma obra densa e provocativa, que transcende seu gênero.
Para mim, o despertar dos mortos tem um sério problema de ritmo e sobretudo tom. Quanto ao ritmo, longo e repetitivo demais nas cenas do shopping - em vários momentos, pensei em desistir do filme. Quanto ao tom, a mistura de comédia "torta na cara", aventura inconsequente, e um terror minimizado não deu certo, sobretudo porque a seriedade da atuação da maior parte dos protagonistas não casa bem com a comédia e o aventuresco. Inclusive, me incomodou demais que, para obter o aventuresco, a coerência de enredo foi sacrificada em alguns momentos spoiler: (estou pensando na última cena, em que um personagem decide que não quer ir embora do shopping e se suicidará, para no último segundo mudar de ideia e entrar no helicóptero que o tirará de lá já em pleno vôo, atravessando uma multidão de zumbis - talvez essa cena até faça um sentido temático, apontando que o personagem conceba que a vida seria insuportável sem as possibilidades do consumo, mas a cena como foi gravada, e a atuação nesse momento não deixa claro que é disso que se trata, e a decisão do personagem de se matar surge do nada...)
Mas gostei muito das duas primeiras sequências (do estúdio de tv e do prédio invadido pela polícia) e gosto do conceito (crítica do consumismo - ainda que não curti muito a execução) Prefiro "A noite dos mortos vivos", de longe.
Se Romero surpreendeu a todos em 68 criando um mundo caótico,cheio de mortos vivos e um grupo de sobreviventes buscando se manter em um ambiente hostil,em Dawn Of The Dead o diretor busca expandir ainda mais essa mentalidade.
É nítido como Romero não quer simplesmente fazer um filme de mortos vivos comedores de gente,tanto seu primeiro longa como esse tem muito mais do que isso.Nessa "sequência",ele busca falar justamente do âmbito social.O forte consumismo entre nós é abordado em uma sacada cômica do diretor onde os zumbi são movidos com base nos seus costumes de quando eram vivos e combina perfeitamente com o ambiente em que se passa a Maior parte do longa.
Aqui também tem uma maior liberdade de violência,ainda sim tão bem arquitetada por Romero que ele escolhe precisamente os momentos mais agressivos,sangrentos do filme.Todas essas sequências trash acabam por funcionar muito bem no valor de entretenimento da obra.Aliás talvez o único problema que tive com o filme talvez tenha sido um excesso em sua duração,a versão com pouco mais de 10 inseridos para um pouco no fim das contas.
É um filme onde toca também na questão ética do ser humano,não é só sobre sobreviver e sim saber conviver.Os seres humanos podem ser são tóxicos que até a convivência entre eles é violenta,ninguém se ajuda e todos brigam pelo seu espaço de maneira tão hostil que enquadra o próprio ser humano como um zumbi,só que vivo.
Tocando em questões éticas como a bondade do humano e a sua desmoralização pela sobrevivência em um mundo hostil,Romero mostra um filme que mesmo que agressivo,e violento pode sim ser uma excelente crítica a nós mesmos.
Um dos maiores filmes de zumbis da história do genial Romero em sua total plenitude e aqui ele demonstra bem o seu a ardor e sarcasmo, levando o expectador para dentro do filme. Claro que os efeitos são meia boca,mas leva-se em consideração.
Um grande clássico de George A. Romero. Mesmo que o humor negro adicionado estrague um pouco o impacto da obra, o filme se mantém muito divertido. A refilmagem é sensacional.
Esta é provavelmente a referência mais comum entre filmes de zumbi contemporâneos. Tudo o que eu estou acostumado a ver no século 21 remete á este segundo filme, não menos pioneiro do que "A Noite dos Mortos Vivos". Sequência de evolução audiovisual; complexidade de fantasias e maquiagem; impressionantes. Como espectador de uma geração mais recente, assisti The Walking Dead antes, Mas a sua inspiração foi evidenciada quando descobri 'O Despertar dos Mortos'. Filme que obriga-me a percorrer toda a filmografia de Romero explorando mortos-vivos.
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