Cerca de cinco meses após "Invasão à Casa Branca" (Olympus has Fallen, no original) desembarcar em terras tupiniquins, o prédio que abriga o político mais importante do planeta volta a ser um alvo em O Ataque (White House Down), do piromaníaco Roland Emmerich (2012; O Dia Depois de Amanhã; Independence Day; ele adora acabar com o mundo!).
O filme é protagonizado por um homem, John Cale (Channing Tatum), com uma relação conturbada com sua filha Emily (Joey King)- filha esta, amante do presidente dos EUA e da Casa Branca-, que se candidata a um emprego no Serviço Secreto Americano, tendo sua entrevista marcada na própria Casa Branca. Claro, ele leva a sua filha para conhecer o local. Ele não consegue o emprego, mas de forma alguma poderia imaginar que justamente neste dia o prédio seria atacado por um grupo misterioso e ele acabaria tendo de proteger o Presidente James Sawyer (Jamie Foxx).
O Ataque não traz nenhum tipo de inovação para os filmes de ação, mas é bastante divertido. Os efeitos especiais são, no geral, bem aplicados, e como todos sabem, o diretor gosta de destruir coisas. Explosões e incêndios são frequentes, e no aspecto visual a obra não decepciona.
O roteiro tem aqueles probleminhas básicos dos quais sofrem vários dos blockbusters de ação: o que importa é explodir tudo, e tudo é motivo para tiroteios e brigas. Claro, essa é a proposta do filme, afinal, mas o roteiro acaba sendo prejudicado por algumas incoerências e furos- que todos sabem que vão existir nesses filmes-, mas nada tão crítico. Aquela velha side-story de redenção familiar também dá as caras, e ajuda- apesar de ser um baita clichê- a tornar o protagonista mais humano. Como também não poderia deixar de ser, o filme apresenta aquele patriotismo que só os nossos colegas norte-americanos conhecem tão bem. Pelo menos isso não prejudica tanto o roteiro, que por sua vez é posto com bastante competência na tela e proporciona boas atuações de Tatum e Foxx.
O Ataque é um blockbuster genérico de ação, com exaltação dos EUA, alguns furos e muitas, muitas explosões. Apesar de seus claros problemas, o filme consegue entreter, tendo até algumas boas sacadas. Não é uma obra obrigatória, mas é bastante competente como uma simples fonte de diversão descompromissada.