Único filme de Reichenbach totalmente escrito por outra pessoa, no caso, o teatrólogo e jornalista Mauro Chaves. Inicialmente contratado apenas como diretor de fotografia, Reichenbach assume a direção por desistência do encenador Celso Nunes, e por insistência do amigo roteirista e co-produtor. Atribulações de uma produção difícil obrigaram o diretor e sua equipe à reduzirem o período das filmagens. Uma lição definitiva aprendida com a adversidade: jamais deixar as seqüência mais complicadas, e que envolvam o maior número de atores e figurantes, para serem filmadas na última semana.
Filmado em São Paulo e Itapecerica da Serra.
O lançamento constituiu-se num grande sucesso de bilheteria, atraindo uma futura aliança do diretor com o produtor Antônio Polo Galante.
O investimento do autor e do diretor na obtenção de atmosferas e na fina ironia da crítica social salva o filme do fracasso. A crítica elogiou os vôos poéticos que permeiam a narrativa e o deboche sutil com que satiriza o novo-riquismo paulista.
Pontos de contato do projeto inicial com "Se Meu Apartamento Falasse" foram sacrificados pela inexperiência da produção.
Capuzes negros (Sede de Amar foi mais um subtítulo exigido pelo distribuidor ) foi a tentativa de fazer uma comédia elegante e cínica, nos moldes de alguns clássicos de Billy Wilder.