Consequência do sucesso comercial de A Ilha dos Prazeres Proibidos (1979), a realização de O Império Do Desejo (ex-Anarquia Sexual ) é a exacerbação do estilo buscado por Carlos Reichenbach: manipulação de clichês narrativos, subversão do repertório do filme erótico e comercial, mistura de gêneros, criação obsessiva de atmosferas, busca de uma geografia própria, música como personagem e elemento narrativo, e, neste filme sobretudo, defesa veemente do ideário anarco-libertário.
O Império Do Desejo foi o primeiro filme nacional liberado na íntegra pelo, na época recém-criado, Conselho Superior de Censura com o rótulo de "espetáculo pornográfico ". Pouco tempo antes ele havia sido interditado em todo território nacional sob a chancela de subversivo e atentatório à moral e aos bons costumes.
Um dos filmes preferidos de Reichenbach, participou de festivais de cinema de alto teor anarquista como os de Melbourne, Portland e Lyon.