Ambicioso projeto de Reichenbach, único de seus filmes realizado com financiamento da extinta Embrafilme.
O filme foi totalmente rodado em São Paulo e nas proximidades de Bertioga, Região Metropolitana da Baixada Santista.
Inspirado diretamente na experiência existencial do realizador, no caso, a sua relação com a própria extirpe. Carlos Reichenbach, filho e neto de industriais gráficos e editores, tendo perdido o pai aos 13 anos de idade, assistiu impotentemente a perda de todos os bens de família, inclusive a tradicional e primeira indústria litográfica que seu avô veio, no início do século, instalar no Brasil. Na tela isso é retratado através do mito de Faetonte, o filho de Apolo que perdeu o "carro de fogo" herdado do pai.
Toda a última parte do filme, as seqüências de estrada e litoral, foram fotografadas pelo próprio Reichenbach, e com o auxílio de uma equipe reduzida pela metade.
As filmagens foram interrompidas por três vezes devido às dificuldades na liberação do financiamento, e o filme só pode ser concluído graças à dedicação de seus dois atores principais.
Filme Demência é um anagrama de filme de cinema.
A premiada trilha musical de Manoel Paiva e Luiz Chagas se inspira diretamente na Oitava Sinfonia de Gustav Mahler.
Participou dos festivais internacionais de Salssomagiore. Montreal, Edinburg, Ghent.
Lançamento em São Paulo : dia 19 de Março de 1987, exclusivamente no cine Belas-Artes.
XIV Festival do Cinema Brasileiro de Gramado
Ganhou
Melhor Filme - Prêmio da Crítica
Melhor Diretor - Carlos Reichenbach
Ator Coadjuvante - Emllio de Biase
Atriz Coadjuvante Imara Reis
Montagem - Eder Mazzini
Federação Nacional de Cineclubes
Ganhou
Melhor Ator - Ênio Gonçalves
Trilha Sonora Manoel Paiva e Luiz Chagas
Troféu Macunaíma - melhor filme de 1986
Festival de Rotterdam
Ganhou
Prêmio Filme Inovador do Ano
Classificado na posição #45 do ranking de melhores filmes brasileiros de todos os tempos segundo a Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema).