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    O Passado
    Média
    3,9
    73 notas
    Você assistiu O Passado ?

    13 Críticas do usuário

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    4 críticas
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    Victor D.
    Victor D.

    10 seguidores 19 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 14 de maio de 2014
    Geralmente eu não gosto de filme francês e este “O Passado” tem todos os elementos pelos quais eles me desagradam. Imagine um filme sem trilha sonora e onde o mundo parece composto somente de gente neurótica. Foi o que eu vi enquanto assistia as cenas de uma família completamente disfuncional.
    No entanto ele não é um filme desagradável e é possível sim se fazer uma análise da vida cotidiana através dele, principalmente porque o mundo está cheio de gente mal resolvida e que pensa que pode culpar o outro pela neurose existente em sua própria cabeça.

    Quem mora na França deve ver algo especial no fato de ele contar a história de um Iraniano casado com uma francesa afinal de contas os constantes conflitos envolvendo muçulmanos na Europa atualmente parecem estar se tornando moda.

    O filme mostra Ahmad voltando à França depois de quatro anos apenas para assina o divórcio para que sua ex esposa possa se casar novamente. E é ai que se mostram os conflitos que de início ao fim parecem não ter solução alguma.

    Os filhos de Marie aparentemente são cada um de um pai diferente e Ahmad não é pai biológico de nenhum deles. A mãe não tem um bom relacionamento com nenhum dos filhos e além disto está também na casa o filho de Samir com quem ela pretende casar-se. Impressionante a interpretação do garoto Elyes Aguis. Ele parece de verdade uma criança com crise de relacionamento com o pai e que parece estar pedindo ajuda para qualquer um, inclusive o ex marido da mulher com quem seu pai vai casar.

    E ao ver a calma aparente de Ahmad fiquei me perguntando afinal de contas o que aquela mulher viu de tão ruim para querer separar-se de um homem que busca o bem dela e de cada um de seus filhos, mesmo não tendo nenhuma ligação biológica com eles.

    É Ahmad quem procura acalmar Faud e procurar Lucie e tentar fazê-la entender-se com a mãe já que ela: “não aguentaria dois dias morando com o pai”. E cada personagem que vai aparecendo aparenta ser mais infeliz do que o anterior.

    Entretanto o que vi de realmente bom neste filme foi que os relacionamentos são insuportáveis mesmo e não é por falta de amor. É falta de compromisso: a mãe vai se casar com alguém de quem já era amante quando o fulano tinha uma vida conjugal.

    Todos tratam a mulher em coma como se ela já estivesse morta, bem ao estilo Terri Schiavo que foi deixava para morrer de fome e de sede em rede nacional nos Estados Unidos porque aparentemente não tinha uma vida cerebral.

    Ninguém aceita a responsabilidade por seus atos até que Lucie confessa para Ahmad que a mulher ficou “parecendo um pepino” porque ela lhe mandou os e-mails que o marido e sua mãe trocavam. O que motivou o suicídio. Se existe alguma tese neste filme é que uma pessoa em coma não precisa ser levada em consideração já que ela está morta.

    E o mais triste é saber que o ser humano moderno está a cada dia mais parecido com os personagens deste filme. Um monte de gente infeliz que não sabe sequer esboçar um sorriso e cuja única função na vida seja contribuir para a infelicidade de quem está ao seu lado. Uma verdadeira solidão grupal.
    Luis Felipe A.
    Luis Felipe A.

    4 seguidores 2 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 31 de janeiro de 2014
    Excelente filme! A descoberta lenta e agonizante do passado da vida de todos os personagens afeta e perturba a vida não somente os personagens, mas também quem os assistes nesse desespero. Essa é a sensação que as novelas tentam trazer, mas sempre falham grosseiramente, diferente do filme de Asghar Farhadi.
    Bérénice Bejo fez um excelente trabalho, sem dúvidas, mas foi uma das poucas vezes que achei que cannes errou em dar a palma de ouro pra ela. Embora seja de difícil comparação, devido a diferença gritante de estilo das personagens, achei que Adèle Exarchopoulos (Azul é a cor mais quente) foi mais merecedora da palma de ouro de melhor atriz, embora Berenice Bejo não tenha ficado muito atrás.
    Ricardo L.
    Ricardo L.

    59.598 seguidores 2.776 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 9 de agosto de 2021
    Um filme cheio de enigmas e boas surpresas, num roteiro promissor, mas que possui alguns exageros que dificulta seu bom andamento, possui bom desfecho. Vale a pena conferir.
    Marco Silva
    Marco Silva

    122 seguidores 185 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 27 de agosto de 2018
    Drama amargo. Conta uma dessas histórias que, vez por outra, sabemos ter ocorrido com pessoas que nunca conhecemos. Circunstâncias de vida que fazem o mundo parecer um roteiro sádico. Diferente de "Lua de Fel" (Polanski), aqui o amargor vai sendo lentamente inoculado. Traições, questões mal resolvidas, sofrimento de inocentes, mal uso da liberdade. E, como na vida, termina sem outro sabor.
    Cláudia S.
    Cláudia S.

    52 seguidores 17 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 15 de maio de 2014
    Outra obra maravilhosa do iraniano Asghar Farhadi que investe em diálogos precisos e bem pensados como já havia feito antes em A separação. Lá como aqui, cada palavra dita pelos personagens ultrapassa o momento retratado e traz ecos de situações passadas e sentimentos ocultos mas que ainda movem aquelas pessoas. As atuações também são todas excelentes e equilibradas, o que parece ser resultado do trabalho do diretor que buscou dar organicidade ao elenco ao mesmo tempo em que ofereceu a cada um o espaço para mostrar o próprio brilho. Recomendadíssimo.
    Dante Diesel
    Dante Diesel

    7 seguidores 73 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 22 de junho de 2020
    Filme interessante, porém com algumas falhas técnicas. Temos uma paciente em coma HÁ 8 MESES, sem causa definida (ingestão de detergente ? - não levaria ninguém ao coma) , num hospital em leito / quarto básicos, sem monitorização de sinais vitais evidente (saturação O2, etc), sem sonda nasogastrica, sem sonda de gastrostomia, sem entubação oro-traqueal e com aparente eutrofia muscular. Intencionalmente fica em aberto, como suspense, a origem das escoriações (não mostradas) no abdome. De resto, excelente desempenho dos atores, em especial das crianças!
    Luca A.
    Luca A.

    1 seguidor 11 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 30 de outubro de 2014
    O Passado é uma emocionante, envolvente, sentimental, brilhante e eufórica obra-prima do iraniano Asghar Farhadi, diretor aclamado de A Separação.
    O inspirador drama é um retrato do rompimento familiar a partir da separação de um casal, e de um suposto caso conjugal existente na vida da ex-mulher, que afetou a relação de um outro casal.
    O Passado narra o desenvolvimento da relação de Marie, uma farmacêutica francesa e seu ex-marido, o iraniano Ahmad. Em meio ao conflito familiar dissolvido pelo filme, notamos a relação de Ahmad com a filha de Marie, a culpada Lucie, que se sente desconfortável dentro de uma situação tão complicada a qual se divide. Em torno de uma história entrelaçada pelo seu rico e bem-desenvolvido material dramático, O Passado, assim como a obra anterior de Farhadi, A Separação, narra o rompimento de uma família através de um conflito desenvolvido entre ambas situações que se cruzam em meio a formação da história. E então, surge o mesmo resultado de A Separação: uma obra de arte belíssima caracterizada pelo divórcio e pelo conflito humano subdesenvolvido dentro de relações familiares.
    A francesa-argentina Berenice Bejo é significantemente astuta e verissímil em O Passado, no papel da desolada, porém conservadora e dividida Marie. O elenco, composto formalmente por Tahar Ramim, Ali Mosaffa, Pauline Burlet e Sabrina Ouazani é divinamente íntegro em relação ao desenvolvimento do filme.
    Lançado em Cannes e indicado ao Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro, sendo submetido a uma indicação ao Oscar 2014 na categoria de Melhor Filme Estrangeiro, O Passado é uma sensível, visionária, forte, intensa, reacionária, realista, memorável e tocante obra de arte do diretor Ashgar Farhadi, que brilha na sua genialidade dramática!
    Mcristiane C.
    Mcristiane C.

    2 seguidores 1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 21 de setembro de 2014
    O filme não reflete um drama entre nacionalidades distintas: ele iraniano, ela francesa. É baseado na linguagem privada do casal, quando esta se perde. São 3 casais envolvidos. Um deles, dissolveu-se pela separação de fato e encaminha-se para a oficialização do divórcio. É notável a construção da trama porque aponta para o fato de que, ao se perder a capacidade de comunicação com o outro (impulso mais primitivo do ser humano), a indiferença se instala. Iniciando, assim um perigoso quadro depressivo. É também um reflexo do novo arranjo familiar: os meus/os seus/os nossos, em termos de relação parental. Mostra o poder curativo do diálogo nos relacionamentos. Filme que traduz um olhar extremamente sensível pelo roteiro e pelo argumento. Muitas vezes, o que se condiciona chamar de PASSADO pode não caber nessa expressão pelo fato de ainda fazer parte do PRESENTE. spoiler:
    spoiler:
    Diego Suhett
    Diego Suhett

    4 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 28 de agosto de 2023
    Filme ok. Ficaram algumas pontas soltas no final (acredito que propositalmente), mas fora isso te prende na história. As atuações são muito boas
    Maria José Alves
    Maria José Alves

    2 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 21 de fevereiro de 2021
    A atuação de todos os atores é tão fenomenal que pareceu-me estar assistindo a um reality.
    A fotografia e a direção conseguiram expressar todas as emoções do drama. Confiram!!
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