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Tio Mário
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2,0
Enviada em 16 de maio de 2014
Um roteiro perfeito, a história de um homem que ao fazer determinadas escolhas tem que abrir mão de coisas e de pessoas importantes. O grande problema é a maneira como essa história foi contada. Poucas palavras em diálogos bem sucintos, deixando que as ações e as expressões dos personagens "falem" por eles, a ideia é muito valorosa mas no filme parece que não funcionou perfeitamente pois não fica muito nítido as intenções dos personagens. O que Donato, o salva vidas, sente por Conrad (o alemão salvo do afogamento)? Amor, paixão, desejo? Logo não dá pra entender por que motivo ele abandonou a família e o emprego pra seguir, ou pra fugir, com o alemão. Jesuita Barbosa mais uma vez demonstrou seu perfeito talento, construindo bem o personagem Ayrton um jovem amargo, magoado mas ao mesmo tempo ainda ama pelo irmão e que foi capaz de atravessar o Atlântico para cobrar do irmão explicações pelo abandono. É tudo muito aleatório, é tudo muito confuso. O filme tinha tudo pra dar certo mas algo ficou faltando. O que foi? Nem isso dá pra saber!!
Como sempre Wagner Moura um ótimo ator! Só por ele já vale assistir "Praia do Futuro". Fugindo de qualquer estereótipo, o filme mostra dois homens comuns e gays, daqueles que você nunca apontaria como tal. Essa é a melhor característica do filme, que mostra homens como qualquer outro e isso independe da sua sexualidade. A fotografia do filme é muito boa, por outro lado a monotonia impera em 90% do filme. Não há ação - e não estou fando de ação tiroteio ou corridas não, falo da ação humana. Parece que o personagem Donato é um "maria vai com as outras", sem personalidade que abandona inexplicavelmente a família (não existem cartas, e-mail, telefone na Alemanha??) que tanto gostava, em pró de um "amor" que é baseado no sexo - em nenhum momento há declarações de amor no filme - e em troca de um emprego que ele mesmo não gosta muito. Não há emoção, não há ação nos personagens, a música de fundo em algumas cenas chega a dar sono, enfim, falta personalidade ao filme. Falta emoção, arrepio. Uma pena. Impossível não citar o recente nacional "Hoje eu quero voltar sozinho", perfeito na emoção e no tempo.
Um filme denso, profundo e intimista. Da solar Fortaleza à nublada Berlin, Karim Aïnouz filmou marcante do cinema brasileiro. O trio de atores impressiona pelas palavras não pronunciadas. Destaque para a força do olhar de Jesuíta Barbosa.
Filme incrível. Fotografia maravilhosa, atuações maravilhosas, trilha sonora espetacular, um filme sem preconceitos, sem filtros. Os filmes brasileiros deveriam ser mais como este. Super recomendo .
Você sabe quando um filme fez e fará diferença na sua vida quando percebe que todos já saíram da sala e você ainda está lá, sentado, olhando para enorme tela que agora já está sem projeções.
Praia do Futuro me ganhou por uma narrativa sem melação, esteriótipos e ações desnecessárias. De uma beleza visual única. Narrativa singular.
Personagens apresentam sexo entre homens. Brigas de homens. Dores de homens. O filme é tão bruto quanto sua narrativa, seus personagens. Não há espaço para esteriótipos. Os sentimentos são traduzidos em ações e expressões. Expressões estas que fazem Ayrton (Jesuíta Barbosa) roubar a cena no terceiro e último ato.
O medo do herói aqui é sintetizado em passividade e submissão. Omissão. seu irmão diz "(..) Enquanto você dava o cú escondido no Pólo Norte" para falar o que ele fazia enquanto era esperado.
A falta de afeto é substituída em fortes cenas de sexo. Cenas apenas de respiração ofegante e olhares tensos. Corpos à mostra. Olhares misteriosos que dizem mais do que pensam.
Há grandes espaços de tempo sem história e fica à sua vontade entender o que aconteceu.
Quando Karim Aïnouz lançar seu próximo filme, estarei na primeira fileira pra ver mais um história avassaladora.
Praia do Futuro é o primeiro filme gay brasileiro realmente honesto. Longe das caricaturas estabelecidas em ficções que não traduzem a vida, e, se o fazem, atingem uma ínfima parcela. E por que tanto estranhamento? Por que Brasileiro está acostumado a ver a homossexualidade ser figurada por personagens humorísticamente afeminados, ou que precisam da vilania ou da beleza para se estabelecerem. Não se pode ser um homossexual comum. Como eu e você somos comuns. É como se fosse preciso um “plus” que disfarçasse essa condição. Tal qual muitos homossexuais tem se válido durante toda sua vida diante do mundo. Precisam ser engraçados, ou entendedores de moda, ou belos, ou engajados, ou... Ponto pro diretor, que fez de seu personagem um ou NADA. Ele apenas É.
#PraiadoFuturo é filme interessante com os talentosíssimos Wagner Moura e Jesuíta Barbosa como seu irmão no Drama. Além do ator alemão Clemens Schick . Wagner Moura traz densidade e ousadia pro personagem. Este, pra achar sua praia, assumir quem realmente é e encontrar seu FUTURO precisa se reinventar. Por medo? Por coragem? Acho que os dois se intercalando. Recheado de cortes secos, nada no filme é óbvio, como a vida, sempre trazendo mudanças inesperadas e conflitos. A realidade não precisa fazer sentido e o que acho bacana é que nele a ficção mostra que também não tem essa necessidade. #RECOMENDO
O filme tinha tudo para ser um grande filme, excelentes atores, boa trilha sonora, fotografia e até uma história interessante. Mostra a quente Fortaleza e parte para uma reflexão na fria Berlin. Mas o filme é cru, monótono e descontínuo e ainda por cima um filme sem final. Infelizmente não vale a pena gastar tempo com ele.
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