Um grande filme. Uma trama tensa, inteligente e intrigante. Aliás bem a cara de seu diretor: o genial Roman Polanski. Um filme que renova o gênero terror, assim como Polanski já havia feito no surpreendente O Bebê de Rosemay, um dos grandes clássicos do terror.
Nesse filme, Polanski nos traz uma história totalmente inovadora, sobre um livreiro, que é contratado por um magnata, para verificar a autenticidade de um livro, que contém elementos satânicos que evocam o próprio Senhor das Trevas, e se é conhecido como o Livro sobre os 9 portais do Reino das trevas.
Johnny Depp vive o livreiro Dean Corso (que inspirou meu nome no AC, inclusive), que após receber essa tarefa, se vê em meio a uma conspiração, que engloba o sobrenatural, poder, sexo, assassinato, e muito mistério, em uma trama muito bem desenvolvida e super bem conduzida por Polanski.
É um filme que não deve ser visto como um simples terror, e sim como um jogo de Xadrez, onde cada peça vai sendo lançada em seu tempo, até o surpreendente Xeque-Mate.
A trilha sonora, também é um ponto positivo a destacar, pois atenua ainda mais a tensão presente no filme, que ajuda a transformar cada morte em um novo e sinistro quebra-cabeças, pronto para ser montado.
O figurino também está perfeito, tal como a fotografia, que é sempre um ponto importante nos filmes de Polanski.
A atuação de Johnny Depp, beira a perfeição, de forma que ele consegue captar com precisão, e passar ao espectador a mudança de Dean Corso, de um homem cético, que não crê em absolutamente nada, para um sujeito totalmente obcecado pelos segredos referentes ao nove portais. Essa é inclusive, na minha opinião, uma das mais brilhantes atuações da carreira de Depp, pena que não é tão conhecida.
O desfecho do filme é perfeito, e deixa no ar uma dúvida, o que o torna ainda mais sinistro.
Em resumo, O Último Portal é um grande filme, que merece ser visto por todos os amantes do Cinema Arte, sem dúvida alguma, um dos filmes mais espetaculares que tive o previlégio de assistir.
Nota: 10