Primeiramente, não sou crítico e não tenho muita credibilidade para julgar o filme, pois não o assisti integralmente. Me preservei do conteúdo deselegante e explícito que Don Jon apresenta a todo instante desde o início. Querer denunciar de certo modo a pornografia ao passo que a divulga, e expõe o telespectador a ela de forma explícita, é no mínimo estranho. Revoltado com o filme. É muito desconfortável como ele é contraditório. Começando pelo nome em português que é uma pegadinha. Mas não vou me ater a isso. O fato é que, o filme inicialmente tenta passar a clara ideia de que a pornografia é um maleficio para as relações de uma pessoa, a tornando irascível, impaciente, ansiosa etc. No entanto, no desfecho o rapaz arranja uma forma de culpar a mulher por querer afrontar esse vicio dele, e quando de fato discute com ela a respeito, reconhece o seu egoísmo e fica por isso mesmo. Como um bom católico esforçado que sou, posso dizer que sou suspeito por não ter curtido/assistido o filme ( tive que censurar o filme inteiro), mas em uma coisa tenho que concordar, sei que essa não é a intenção do filme, porém, há um momento no confessionário, em que o rapaz espera do padre uma direção ou uma resposta a respeito daquilo que ele está vivendo e não obtém nada. Ali existe uma tentativa em ser melhor, um anseio por algo de verdade, mas não há quem o socorra e o corresponda. Logo, um pastor que abandona sua ovelha, a condena aos lobos. Isso infelizmente acontece em nossas igrejas. E por conta disso, ali o amor é morto junto com a verdade que o poderia revelar. Aquele homem claramente precisa de ajuda. A sua vida é uma completa bagunça e não possui nenhuma estrutura sólida onde apoiar as suas boas aspirações que poderia almejar ao largar sua vida tão vazia e bagunçada. Ele não tem vida. É um homem escravo de seus prazeres. E o Hedonismo tem um preço muito alto. Enfim, eu esperava ver uma redenção, eu acho. Força do hábito. E a você que leu até aqui, te indico um perfil: Miguel Soriani. Vai no instagram e dá uma stalkeada. Valerá a pena.
Por fim, não tenho pretensão de me colocar em um patamar acima de ninguém com esse texto. Sou pecador miserável e tenho minhas fraquezas também. E em outro momento da minha vida já fui preso aos mesmos vícios. Mas se existe uma forma melhor de viver e não ver minha vida se esvair por aquilo que me rouba tudo aquilo que realmente importa, porque não promover isso? Deus abençoe!
OBS: Paixão de Cristo é o melhor filme de todos os tempos! Pronto falei.
Salve Maria Imaculada!