Média
4,2
1807 notas
Você assistiu Azul é a Cor Mais Quente ?
3,0
Enviada em 12 de dezembro de 2013
É tudo sobre Adèle. A dona da boca que toma conta da tela, que come com prazer, que tem sono agitado, que seduz, que não precisa de batom, que vai sem medo, que grita, que chora e come meleca, que ama, que chupa, que nunca cospe, que defende a profissão diante da pressão artística burguesa da namorada e seus pares. Satisfeita com o amor, tal qual a Pomme de "Um Amor Tão Frágil" (1977), interpretada por Isabelle Huppert, Adèle não precisa criar para existir. Felizmente ela tem o trabalho, igualmente amado, para livrá-la da loucura que o inevitável fim do intenso relacionamento poderia trazer.
Kechiche pode preferir a boca e a bunda, mas o olhar é também destaque no filme. Adèle é igualmente gulosa com os olhos e a eles recorre quando não consegue dizer. O flerte com o rapaz, o amor à primeira vista, a percepção do término – com Louise Brooks ao fundo, na mais bela cena do filme –, o reconhecimento da "derrota". E no fim ela se vai, de costas. Sem nada a mostrar.
Se cabe uma comparação, Adèle Exarchopoulos com Kechiche é como Sandrine Bonnaire com Pialat em "À Nos Amours" (1983). Que o talento não se perca por aí.
3,5
Enviada em 21 de dezembro de 2013
O filme chamou minha atenção antes de ir vê-lo por toda a história das atrizes com o diretor e pelo fato das duas terem recebido a Palma de Ouro junto com ele. Além disso, já esperava que um filme que mostra um casal homossexual causasse polemica, ainda mais com as tão faladas cenas de sexo,
Como em toda relação amorosa, o sexo está presente na vida do casal e o diretor não faz a mínima questão de esconder o ato ou deixá-lo implícito. Porém, o sexo, homossexual ou não, ainda é um tabu na sociedade. As várias cenas de sexo não deixam ninguém indiferente: tem os que gostaram, os que ficaram chocados, os que acharam exageradas e por ai vai.
Os closes do filme são extremos. A intimidade dos atores, principalmente de Adèle, é exposta de maneira quase que sufocante. Momentos em que ela fala enquanto come ou se debulha em lágrimas viram cenas que beiram a escatologia.
A história do filme é interessante, bastante realista. As duas atrizes parecem não atuar, mas sim viver a vida das personagens. O grande trunfo da história, para mim, não é retratar o amor entre duas mulheres, mas mostrar as diferenças entre as duas. Emma é mais velha, já segura de sua sexualidade, artista, fez faculdade e tem aquele ar acadêmico, assim como seus amigos. Já Adèle é mais jovem, insegura em vários aspectos, não pretende seguir carreira acadêmica e quer "apenas" ser professora de crianças. Esse desecontro de realidade e desejos tem um papel importante no filme e é a parte mais interessante da história. Acaba que muitas pessoas identificam-se com a jovem Adèle, muitas vezes perdida no mundo dos intelectuais que não lhe pertence.
Mas mesmo com um bom enredo, o filme ficou longo demais. Algumas cenas arrastaram-se sem motivos. As 3h poderiam ser 2h20, sem grandes perdas de conteúdo e sem prejudicar a compreensão da história.
Enfim, é um filme polemico que choca muitos dos que vão assistir e se prendem as partes de sexo. Mas a atuação das duas atrizes é muito boa, o que, por si só, é um motivo para assisti-lo.
3,0
Enviada em 30 de janeiro de 2014
As vezes ficamos fartos, atormentados com certas misérias cinematográficas, então corremos ladeira abaixo desesperados por uma produção digna, efetiva o bastante pra nos fazer chora é refletir. Mas não é isso que precisamos ou encontramos. Azul é a Cor Mais Quente é um filme entediante e fútil. Deparamos com personagem fortes, bem elaborados, eles são fantoches, mostram a realidade aleia, a realidade cujo a sociedade segui sem contestar. Azul é a Cor Mais Quente é bonito no sentido amoroso, mas é extremamento vazio com diálogos chatos. Podemos fecha nossos olhos é apenas ouvir os gemidos exagerados, o sexo compostor nesse filme é extremamente deselegante, somos obrigados a cada dia, ver aquilo que praticamos, aquilo que adorando! Sendo sujo ou delicioso, o sexo não passar de uma exibição ambiciosa e ridícula composta neste filme. Sentimos o amor queima ferozmente as personagem, apreciamos a beleza de amar alguém, vivenciamos o poder da traição, o desprezo da exibição. Mas Azul é a Cor Mais Quente é um filme feito pra exibir aquilo que praticamos, ele foi feito pra ser refletido, pois reflexão está presente em todos os cantos, acontecimento e momentos abusivos neste filme. O Fato de ser duas mulheres se amando não muda nada, seria a mesma coisa se fosse protagonistas héteros, seria mais um farto filme realista. O diretor apenas inverteu as peças, trocando o Hétero aceito pela sociedade, colocando o Lésbico quase aceito pela sociedade, sendo que o Homossexualismo está exposto no longa, que nem em todos os cantos é aceito pela sociedade. Todos sofrem, todos traem, todos são sujos, imundos, todos são malditos. O Filme é claro! Não existe barreira pra aqueles que ver a verdade nele. Apenas abra sua mente e veja diferente. Vejo as protagonista como um casal hétero. Pronto, está feito um filme que representa a sociedade.
3,0
Enviada em 17 de janeiro de 2017
É um filme de temática gay, e isso fica bem claro na forma com que a relação entre Emma e Adèle é explorada em seus preconceitos, diferenças e... sexo. De verdade: ou o sexo é tão primordial ou ele é enfocado de forma tão exaustiva, quase pornográfica, que consegue nos tirar do filme. O diretor Abdellatif Kechiche acertou em cheio ao usar a proximidade da câmera no excelente O Segredo do Grão para determinar uma tensão crescente, tanto sexual quanto em seu suspense. Aqui essa proximidade é gratuita ou, mais uma vez, ele está explorando a beleza física da atriz Adèle Exarchopoulos sob todos os ângulos, posições e bocas. Só há algo que exagera mais em tela do que o sexo: o azul. Tanto azul que fica difícil interpretar qualquer simbolismo deixado pelo caminho.
3,0
Enviada em 22 de abril de 2014
Tenho basicamente dois problemas com este tipo de filme.. primeiro- é frances- e eles nao perdem a mania do "nouvelle vague" que detesto, by the way.. a falta de musica e diálogos com caretas e interminaveis silêncios, me irritam bastante..e a segunda coisa é que relaçao sexual entre duas mulheres
nao me atrae.. me cansa.. falta testosterona nisso.. como este filme é exageradamente sobre relaçoes sexuais entre duas criaturas que nao teem o essencial ( na minha modesta opiniao o "essencial") se tornou cansativo e por consequencia - um grande tédio..demorou pra acabar..Isto reforçou minha idéia de que.. relaçoes lesbicas nao me interessam, pelo menos nao da forma que me interesso pelas relaçoes gays..é o ultimo filme no gênero que assisto.. nao foi o primeiro por muito pouco...A mais velha tinha uma familia super interessante.. a mais nova uma familia altamente chata.. daí a mais velha ser resolvida e a mais nova.. um nó..Me perdoem os críticos de plantao.. mas so falei o que realmente sinto.. Um filme pra esquecer rapidinho.. as atrizes sao ótimas..se nao forem lesbicas.. parabens.. convenceram..!! Nao acho o filme ruim, nem lixo como escreveram alguns colegas.. mas eu passo... respeitosamente.. eu passo!
3,5
Enviada em 3 de janeiro de 2014
Adèle (Adèle Exarchopoulos) é uma garota de 15 anos que descobre, na cor azul dos cabelos de Emma (Léa Seydoux), sua primeira paixão por outra mulher. Sem poder revelar a ninguém seus desejos, ela se entrega por completo a este amor secreto, enquanto trava uma guerra com sua família e com a moral vigente. Azul é a Cor Mais Quente e Um Filme Bem Interessante , Atuaçoes Excelentes e Uma Boa Historia Filme Tem Cenas Fortes De Sexo Entao Nao é Bom Assisti Com Alguem De Menor Contudo Recomendo Bom Filme Nota 8.5
3,5
Enviada em 7 de junho de 2021
Eu gostei do filme. Há aspectos muito interessantes, uma ótima direção, imagens bonitas e takes muito bem feitos. Achei algumas partes do filme, porém, um pouco tediosas, e acho que faltou um pouco de profundidade em relação ao amor das duas. Poderia ter tido mais detalhes. Pode-se destacar, no entanto, que é um filme importantíssimo na questão de visibilidade da comunidade lésbica, e tenho certeza que ajudou muitas pessoas a se descobrirem. Assiste o filme, vale á pena dar uma olhada.
3,0
Enviada em 26 de outubro de 2015
As cenas de sexo bem reais, muito sem sentindo, parecendo mais um filme barato.
3,5
Enviada em 26 de dezembro de 2014
O filme começa bem! Desenvolve a personagem central, Adele e o universo adolescente francês no qual ela vive. Logo nos é apresentado o garoto pelo qual ela, devido à influência e pressão do círculo de amigas, se sente no dever de ter um relacionamento interpessoal, inclusive sexual. E de cara ela nota que não deseja àquilo. Confusa, procura por coisas novas se sentindo envolvida por uma amiga. Mas encontra sua grande paixão mesmo em Emma, a mulher exótica dos cabelos azuis, descolada, classe alta, culta e envolvida com pessoas de grande influência no meio artístico. Fica nítido devido aos excelentes diálogos entre elas no parque, nos jantares em casa, a diferença social entre Adele - apresentada claramente como classe média/baixa - e Emma.
O filme consegue retratar bem o que é a cabeça de uma adolescente que se apaixona de forma muito intensa por uma mulher mais velha e diferente em termos sociais, culturais, e se sente confusa e pressionada a tomar decisões.
Mas é somente isso que o filme propõe. Somente isso. O que torna a proposta da trama muito pobre, tendo em vista que poderia explorar e discutir de forma mais abrangente temas como: aceitação social sobre a liberdade de escolha da sexualidade, valores morais, diferença social, preconceito.
O que deixa a desejar também é o fato de a linha temporal na narrativa do filme não ser clara o bastante; em alguns momentos passaram-se dias, em outros passaram-se anos e os pontos que estavam começando a ser levantados para uma reflexão passam batido ou são pouco explorados.
O filme vai se encaminhando para o desfecho final, mas não há. Ele não pontua nada do desenvolvimento da trama e fica uma frustração, pois a proposta do filme é só apresentar a paixão intensa que Adele teve e desperdiçou devido à escolha errada que fez.
Como ponto forte, vale destacar as atuações das atrizes principais, o figurino com tons de azul em momentos diferentes vividos por Adele, o filtro azul muito bem usado, juntamente com a fotografia.
3,0
Enviada em 1 de julho de 2015
Temáticas de relacionamentos nunca deixarão de ser obsoleto;em se tratando de homossexuais, desnecessário as censuras ou metáforas. Diante disso o filme é emergente embora passeia bem como documentarial. As cenas de sexo vão a fundo sem nenhum perdão, e muito necessárias e dignas para as exuberancias das atrizes.A caracterizada Lea Seyddoux é um compromisso de uma francesa q não veio ao cinema para brincar, qto novata Adele bem inaltecedor o seu brilho de mistura de inocência e sensatez bem conduzida pelas mãos do diretor que ainda é cedo para justificar se fez o mais preciso e inteligente filme sobre lesbianismo.
Quer ver mais críticas?