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    Elefante Branco
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    3,9
    116 notas
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    10 Críticas do usuário

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    Fabio William O.
    Fabio William O.

    10 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 27 de dezembro de 2023
    Dura realidade do povo Argentino, muito parecido com o Brasil em grande parte do filme. Atuação do Darin foi incrível.
    cinetenisverde
    cinetenisverde

    28.205 seguidores 1.122 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 17 de janeiro de 2017
    Novo filme do diretor Pablo Trapero (Abutres) traça na rotina das pessoas que ajudam uma favela a construir moradias dignas para seus habitantes um panorama fiel não apenas dos moradores — acostumados a viver às margens de uma sociedade que escolheu convenientemente ignorá-los em um terreno delimitado — mas da sociedade como um todo. E os que não são mostrados no filme obviamente são os que ignoram essa triste realidade.
    Vilmar O.
    Vilmar O.

    1.969 seguidores 357 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 19 de dezembro de 2016
    Elefante Blanco, título original deste ótimo filme do cinema argentino, retrata de forma bem atual as mazelas da luta por moradia digna que envolve o povo, movimentos sociais, aqui no caso é representado pela Igreja Católica, em rota de conflito com poder público e crime organizado.

    Pode-se dizer que é um clássico para quem é adepto ou admirador de democracia social/socialismo.

    Super recomendo!!
    Willian M.
    Willian M.

    16 seguidores 46 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 17 de agosto de 2015
    Se tem uma coisa que se discute hoje nos grupos sobre cinema, com toda certeza é a relação entre o Cinema Argentino e Cinema Brasileiro. Cada uma com suas peculiaridades e destaques, o cinema argentino volta e meia entra na lista de indicações ao Oscar de Filme Estrangeiro.

    Segredos dos seus olhos levou para casa a estatueta em 2010 nessa categoria e nesse ano, o filme Relatos Selvagens apresentou mais uma vez para o mundo a força do cinema argentino. Já no Brasil, Hoje eu quero voltar sozinho, quase emplacou a indicação no ano de 2014, mas o último que balançou as estatuetas foi Cidade de Deus do diretor Fernando Meirelles, de lá para cá, nada.

    Há várias teorias sobre essa diferença, mas é a percepção de realidade, talvez, possa ser a mais gritante. Na Argentina, os diretores buscam um cinema com a cara da cultura local, com músicas com a qual a sociedade argentina se identifica e com histórias e problemas do povo argentino. No Brasil, essa identificação social e cultural se restringe as favelas do Rio. Claro que é importante abordar essa temática, mas existem mais problemas do que o tráfico de drogas no Rio de Janeiro. A falta de tato sobre questões sociais brasileiras, talvez, seja a problemática do cinema nacional.

    Para exemplificar melhor essa questão, até aqui debatida, o filme Elefante Branco é perfeito. É um filme que trata de duas questões: social e cultura. A primeira, inevitável de se perceber, a favela que virou uma antiga construção que seria o maior hospital da América Latina, por isso o nome, obras públicas sem utilidade.

    Assim, questões sociais com pobreza, criminalização, marginalização, falta de participação do estado, opressão da polícia e por aí vai. E a outra, uma questão muito forte na Argentina e no Brasil também, que é a religião e sua ligação distante com essas questões sociais. O elo entre essas duas produzem uma problemática própria da sociedade coirmã e se cria um vínculo próximo para quem assiste.
    O diretor, Pablo r, se destaca na forma de montagem do filme, com ângulos diferentes da favela inteira e com planos sequenciais logo no começo, e com a situação de cada personagem, dentro desse contesto muito fácil para estereótipos, Trapero, se destaca em trazer seus personagens com a simplicidade e singularidade de cada um. Os Padres não são supremos alicerces de devoção, são humanos, desanimam, enfraquece e desacreditam de suas ideologias e dogmas.

    Então, partindo das primeiras linhas desse texto e compreendendo características salientadas naquela parte, Elefante Branco só reforça esses dois pontos. Existe uma identificação da problemática, e o povo argentino pode se ver naquele filme, pois seus problemas estão ali. Nem tudo no Brasil é favela.
    Valdemir P.
    Valdemir P.

    34 seguidores 9 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 5 de julho de 2014
    “É fácil ser mártir. É fácil ser herói. Difícil é trabalhar todos os dias, sabendo que seu trabalho é insignificante.” Esta frase, dita pelo padre Julián (Ricardo Darín) ao padre Nicolás (Jérémie Renier) num momento de crise deste, pouco depois de chegar, como missionário, à miserável e violenta favela de Villa Virgen, periferia de Buenos Aires, expressa, na sua simplicidade e crueza, o dilema de todos aqueles que se envolveram ou se envolvem em lutas sociais pela América Latina afora. Dilema que se amplifica quando os protagonistas pertencem à Igreja Católica, que nesta região protagonizou a conhecida Teologia da Libertação, nos anos 1960-80, atualmente ofuscada por uma vertente espiritualista, fechada em si, desde os tempos do Cardeal Ratzinger (Papa Bento XVI).
    O padre Julián, seu colega Nicolás e a assistente social Luciana (Martina Gusman) protagonizam “Elefante Branco” (2012), dirigido por Pablo Trapero. O título remete a uma grande obra abandonada, na capital argentina, na qual e em torno da qual vivem precariamente em torno de trinta mil pessoas, enfrentando um quotidiano de miséria e violência semelhante ao das favelas do Rio de Janeiro. O tráfico de drogas, com as conhecidas disputas de territórios pelos grupos rivais, envolvendo a população e conturbando o quotidiano dá a tônica dos acontecimentos, nos quais se mete, sem nenhuma originalidade, a polícia corrupta.
    A omissão governamental – também velha conhecida – é uma peste encontradiça, na favela, do mesmo modo que as chuvas torrenciais que com frequência tudo alaga e encharca por ali. A ela se junta, para desespero dos padres engajados, o baixo envolvimento concreto do alto clero local – talvez conhecido do atual Papa Francisco, de quem se diz que atuou em situações parecidas como as da Villa Virgen.
    Cenas de confronto entre manifestantes e policiais dão tensão ao filme, juntando-se às angustiantes situações vividas por jovens drogados que os padres tentam recuperar, sem sucesso, e tentam proteger – o que leva ao assassinato do Padre Julián numa cena-denúncia de alto impacto, em que pese a banalidade de situações semelhantes em favelas latino-americanas.
    A sensibilidade e os restos de humanidade que perduram nas circunstâncias vividas pela massa miserável, pelos padres e pela assistente social (estes, claramente os agentes exógenos, diferentes, que se indignam e se colocam de corpo e alma na tarefa de ajudar a melhorar as condições de vida no local, no esteio de uma fé socialmente engajada) se destacam na figura do padre Nicolás, um belga de família rica que, depois de passar um ano em retiro espiritual, sem se comunicar, em absoluto silêncio, termina em Villa Virgen para auxiliar Julián, a quem conhecera antes, passando a respeitar e admirar. Torna-se inevitável seu envolvimento com Lucia, o que gera uma crise vocacional que coloca em risco sua condição de sucessor de Julián. Morte este, o padre belga volta à vida de monge, recluso (a figura da Igreja conservadora), mas termina voltando ao projeto em Villa Virgen (a Igreja progressista resistindo, Lucia atraindo ou as duas coisas?).
    A história de Macaquinho (assim chamado por subir no telhado para fugir às surras paternas), um jovem drogado na luta por recuperação, sob amparo dos padres, é um dos fios condutores do enredo, culminando com sua captura dramática, em uma das cenas mais fortes do filme, por ter assassinado um policial (Cruz) infiltrado na favela e colocado a serviço dos padres (que nada sabiam de sua condição de espião).
    Embora se trate de um drama-denúncia, o roteiro e a direção conseguem evadir-se dos julgamentos chapados, deixando fluir a vida dos personagens de um modo que as contradições e conflitos sejam sentidos e avaliados pelos expectadores sem indução ao maniqueísmo, típico deste tipo de empreendimento cinematográfico. O filme não resolve situações que a vida não solucionou na América Latina, porque por aqui os super heróis ainda não deram o ar de sua graça, e mesmo os mais fiéis seguidores de Jesus Cristo titubeiam, diante de tanta miséria, corrupção, descaso e abandono.
    Wellingta M
    Wellingta M

    907 seguidores 257 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 1 de outubro de 2013
    Um filme difícil, amargo, corajoso e sem firulas. Incomoda um pouco e acho que era essa a intenção de Trapero. As atuações são convincentes, em especial a de Renier. O melhor do filme, por incrível que pareça.
    Marcio S.
    Marcio S.

    101 seguidores 126 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 11 de maio de 2013
    Em Elefante Branco o diretor Pablo Trapero nos coloca dentro de uma favela argentina para refletir sobre violência, igreja e política.

    O filme narra o dia a dia de uma favela argentina onde há um prédio ainda inacabado por falta de continuidade de políticas governamentais e que por causa disso se tornou um elefante branco, ou seja, uma obra pública sem utilidade. Dentro da favela conhecemos o pároco da igreja Julián (Ricardo Darín) que tenta dar um suporte para a comunidade, o padre Nicolás (Jérémie Renier) que está ajudando-o e a assistente social Luciana (Martina Gusman). Eles tentam por meio de ajuda da congregação católica e do governo local dar continuidade a construção de casas populares para a comunidade carente. Conhecemos a rotina da favela e a dificuldade em que o padre Julian tem para desenvolver seu trabalho.
    Trapero toca em assuntos interessantes. Ele nos mostra como as drogas acabam praticamente com a vida de jovens e que às vezes lutar contra é muito difícil. Mas o tema que é mais desenvolvido é o descaso tanto político quanto da igreja católica. Enquanto políticos estão mais preocupados em aparecerem em fotos para seu desenvolvimento na mídia, a Igreja que deveria ser mais atuante acaba em uma conivência e assim Julian e seus colaboradores tentam conviver com instituições que em vez de ter a prioridade de realizar um trabalho social querem mais é se auto-promover. Porém Nicolás tem um lado mais emocional e entende que como padre deve ser mais atuante na comunidade, se metendo no meio do fogo cruzado que a guerra entre facções está provocando. Julian fica dividido, entre deixar seu lado racional mais de lado ou não. Através do roteiro conseguimos captar no personagem de Julian suas convicções. Outro tema levantado é o lado vocacional que um padre tem que ter. Até que ponto a Igreja deve abrir mão de padres que poderiam realizar trabalhos importantes para a sociedade/igreja, por eles não conseguirem abrir mão de algo que a Igreja prega como convicção sobre a vocação de ser um padre.
    Através de algumas imagens o diretor consegue nos passar algo sem palavras, mas isso poderia acontecer mais nesse filme. Acho esse lado pouco desenvolvido. Vejo o roteiro também com algumas falhas. As convicções de Julian são mudadas apenas para cumprir uma homenagem ao falecido padre Carlos Mujica. A atitude tomada por ele não condiz com o que foi pregado durante todo o filme e assim vejo isso realizado apenas por um capricho do roteiro. Outro ponto do roteiro que também é introduzido apenas por conta dessa homenagem é a questão levantada sobre a beatificação de Carlos Mujica. Sem mais nem menos isso é colocado no roteiro para podermos perceber que o roteiro quer homenagear Mujica. Daria para realizar essa homenagem de outra forma.
    O tema é interessante, as questões levantadas geram debates, porém se tratando de um filme não podemos analisá-lo somente por questões levantadas e sim como um todo e dessa maneira o filme perde um pouco seu brilho.
    Kamila A.
    Kamila A.

    7.552 seguidores 806 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 3 de abril de 2013
    Um elefante branco nada mais é do que algo que tem um valor muito alto, porém um custo de manutenção que não justifica a sua utilidade. É o tipo de expressão perfeita para dar nome ao filme homônimo dirigido e co-escrito pelo argentino Pablo Trapero, que encontra na favela chamada pelos personagens de Cidade Oculta (uma forma também muito apropriada de denominar uma comunidade que vive esquecida pelas autoridades civis, totalmente na margem da sociedade, que fica bastante alheia aos problemas que ela vivencia), o ponto de partida para uma trama que tem um viés social muito forte, porém um teor político mais contundente ainda.

    A história idealizada por Alejandro Fadel, Martín Mauregui, Santiago Mitre e Pablo Trapero tem como personagens principais dois sacerdotes. O primeiro, Julián (o sempre competente Ricardo Darín), tomou para si a responsabilidade de desenvolver um trabalho social dentro da Cidade Oculta, ao mesmo tempo em que briga pelos direitos de cada um dos habitantes daquele local, enfrentando discussões com autoridades religiosas, políticas, policiais e criminosas. É muita responsabilidade e muito peso para somente uma pessoa carregar. É aí que entra a figura de Nicolás (Jérémie Renier), que Julián vai encontrar se dedicando a uma atividade de evangelização numa tribo de uma localidade remota próxima à Argentina – e tão problemática quanto a Cidade Oculta. Julián pretende fazer de Nicolás seu sucessor na favela.

    Por trás de uma trama, como já mencionamos, de teor social e político, encontra-se também uma grande discussão moral, principalmente acerca do trabalho desempenhado pelos sacerdotes e pelos trabalhadores anônimos (como a assistente social interpretada por Martina Gusmán) na Cidade Oculta. A dedicação ao trabalho comunitário, ao compromisso e a lealdade com as questões mais profundas daquelas pessoas – que enfrentam situações que vão desde a falta de condições de moradia, passando pelo desemprego, culminando na briga de poder pelas diversas facções criminosas que ali estão – representam também o reforço de uma escolha diária de enorme sacrifício por parte daqueles que se envolvem nestes assuntos. Por meio da atuação excelente de Ricardo Darín, temos a constatação de que Julián já carregou tanto peso sozinho que está chegando ao seu limite físico e mental. Por meio da performance repleta de silêncios e reflexões do ator francês Jérémie Renier, temos o desenho perfeito de um homem dividido pelo conflito entre a sua vocação e os seus desejos mais íntimos.

    Um dos elementos mais positivos de “Elefante Branco” é que o roteiro consegue equilibrar muito bem todos esses conflitos sem prejudicar o desenvolvimento de um em detrimento do outro. Além disso, a direção de Pablo Trapero consegue ser sólida o suficiente a ponto de construir um filme que prende a atenção do espectador do início ao fim. No final, “Elefante Branco” é um longa que manda muito bem o seu recado, principalmente por ter uma relevância no seu tema e por fazer uma crônica muito bem delineada de uma realidade que é muito bem conhecida daqueles que estão inseridos no chamado Terceiro Mundo subdesenvolvido (ou seria em desenvolvimento?). De uma certa maneira, o filme se torna uma obra emblemática, especialmente quando vemos o que está embutido em sua cena final: a mensagem de que a luta nunca cessa.
    danicarreis
    danicarreis

    43 seguidores 70 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 10 de fevereiro de 2013
    Um filme duríssimo, roteiro bem interessante! Destaque para atuação de Darín, como sempre, impecável!
    Leila
    Leila

    2 críticas Seguir usuário

    2,0
    Enviada em 29 de novembro de 2012
    Roteiro fraco. Não há um encadeamento interessante entre. É filme que deixa o espectador mal, porque não parece expressar nada.
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