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Adriano Côrtes Santos
732 seguidores
846 críticas
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5,0
Enviada em 5 de fevereiro de 2019
O Som ao Redor é uma alma cinematográfica de como o acumulo de pequenas coisas e tensões do cotidiano podem nos presentear com um extraordinário filme. O novato e talentoso diretor Kleber Mendonça Filho, faz do longa uma obra incomum: uma linguagem experimental com momentos de um jugo sonoro imagético que lembra David Lynch, um dos filmes mais interessantes dos últimos tempos no cinema nacional.Tudo aqui é de uma sensibilidade cinematográfica impressionante, das camadas sociais em conflitos tensos , a trilha sonora que se adequa completamente á temática do filme. Não esquecendo que o sotaque nordestino empresta a cereja do bolo. Indiscutivelmente não dá para perder , principalmente os que apostam no cinema nacional.
O Som ao Redor não é o tipo de filme que a gente consiga descobrir através da sua história qual o tema e a opinião do diretor sobre o que ocorre na tela. A coisa toda está mais como um espelho, onde nossa observação dos fatos e a sua interpretação sobretudo moral é que irá inserir um significado. Mesmo assim, dadas as devidas proporções, todo filme possui essa liberdade de interpretação. Do contrário, nem existiria crítica, pois todas as respostas estariam no filme, e não haveriam perguntas.
Achei o início difícil de assistir, pois não dava pra perceber nenhuma trama ou história, apenas fatos aleatórios que vão acontecendo. Mas não desisti, e com o tempo fui gostando de tudo isso é queria ver até onde ia dar, e me senti recompensado com o final.
O filme é realmente muito bom. Comecei a assistir domingo de madrugada na Globo e não pude dormir, tive que ver até o final. ATENÇÃO: Se vc só gosta de filmes de ação ou daqueles que criam um suspense muito grande para ser desvendado no final, O Som ao Redor não é pra vc... apesar de ter uma grande surpresa no final, super legal! ;)
O filme tem uma história difícil de perceber, que é criada muito lentamente. Talvez seja a intenção do diretor. Há uma forte suspense ao longo de toda a história, e também um forte drama, bem característico de filmes brasileiros. Os personagens são fortes, e talvez isto faça não haver uma peça central. O filme inteiro, do meu ponto de vista, é como uma tentativa de demonstração das pessoas que realmente somos através das coisas que NÃO falamos. Ao mesmo tempo, o som alto de fundo ajuda a deixar o clima ainda mais instável, e talvez tenha sido isto que não me agradou.
Em tempos que os filmes brasileiros se resumem a globochanchadas, é preciso que uma película venha lá de Recife, feita por um diretor estreante, para nos mostrar que... ainda há esperanças para o cinema nacional.
Várias histórias paralelas que se cruzam, que se entrelaçam. Histórias com pessoas comuns, dessas que até parece que a gente conhece, mas... que também têm seus segredos cabulosos.
Kleber Mendonça Filho dirigiu o filme com pulso firme e domínio de técnica e, ao mesmo tempo, deixou a narrativa leve, fluida, gostosa, com uma tensão arrepiante em cada movimentação de câmera, cada gesto.
Violência é o que se respira nesse longa, crianças brincando por trás de alambrados, adolescentes namorando no canto deserto dos prédios. Uma vida medrosa se desenha por trás do concreto levantado pela corrida imobiliária, onde as pessoas moram próximas, mas pouca gente se conhece.
Mas a câmera consegue se deter a pequenos detalhes que estalam aqui e ali como pequenas bolhas de poesia, que arejam a atmosfera sufocante que toma conta de um bairro residencial da zona metropolitana de Recife.
O filme foi muito feliz em associar um suspense com um humor sutil, em ter uma fotografia belíssima, uma construção narrativa muito original e um desfecho impressionante.
O som é ruim, não dá para ouvir direito o que dizem. Muitas cenas totalmente desnecessárias e sem nenhum sentido. Por ser um filme premiado, eu esperava bem mais. Não recomendo.
Porque todos ajudam a perpetuá-la, ninguém escapa da violência: os barões das grandes cidades, a classe média medíocre, os habitantes de uma cidade rural aparentemente pacata e até os cães de guarda. Eis um retrato ruidoso e crítico do crescimento urbano desordenado e desumanizado, que aprisiona mais do que liberta, expoente do cinema nacional maduro, para além das belezas cariocas que a cinematografia da Globo tenta impor.
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