Em nosso interior muitas vezes somos inimigos de nós mesmos. Há um combate intenso sobre o que é certo e errado. Nosso lado mais primitivo quer que aceitemos seus desejos sem tomar conhecimento das consequências enquanto o inverso tenta trazer alguma sensatez. Nesse filme Beto Brant em parceria com Renato Ciasca aborda esse embate e suas consequências. Critica o desmatamento na Amazônia e nos passa que nem sempre uma atração física representa o desejo por si só. O filme se passa na Amazônia onde Caubi (Gustavo Machado), um fotografo forasteiro se envolve com Lavinia (Camila Pitanga), mulher casada com o pastor Ernani (ZeCarlos Machado). Aos poucos tomamos conhecimento de como Lavínia encontrou Ernani em sua vida. Através de uma atuação excelente Camila Pitanga brilha em um elenco onde há o experiente ZeCarlos Machado. Se entrega a sua personagem em cenas difíceis de serem realizadas assim como consegue passar uma grande carga emocional. Sua Lavínia é impregnada por um desejo que a consome por dentro em uma batalha emocional intensa. Seu corpo quer se entregar ao olhos de Caubi, porém as palavras de Ernani foram ou são sua salvação. Um roteiro que apesar de deixar algumas lacunas, critica o desmatamento na Amazônia, mostra como o ser humano se contorce em sua mente para tomar decisões e apresenta que nem sempre o desejo carnal é por si só o fim e sim uma bonita história de amor. Questiona a salvação física, mostrando como ela pode formar amarras em nosso emocional, e nos privar do livre arbítrio. Por fim mostra como o amor pregado na religião pode parecer somente superficial pois mesmo como pecadores atiramos a primeira pedra. Um filme denso e um roteiro que poderia nos mostrar um pouco mais para tomarmos conhecimento de alguns fatos, mas que em nenhum momento se perde.
Um excelente filme com um bom roteiro e condução do Brant. Fiquei surpreso com Camila Pitanga. Ela foi perfeita na dramatização. Quero ver outro filme dela. Parabéns pela fotografia e pela qualidade dos artistas impecáveis na representação de seus personagens. Podemos compreender melhor a religião cumprindo uma função social, os impulsos humanos, a patologia psiquiátrica...
Um drama sensual, bonito e delicado sobre um triângulo amoroso vivido na Amazônia. Destaque absoluto para a atuação sensacional de Camila Pitanga, que transforma sua personagem em um microcosmo da mulher, passando por vários sentimentos e estilos sem se perder de sua personagem. Gustavo Machado e Zecarlos Machado, também, estão bem e convincentes - o primeiro tem uma química especialmente forte com Camila. Gostei do longa mostrar as cenas de sexo como elas são, sem muito pudor, dando verdade e intensidade, mas sem parecer vulgar. O filme trabalha diversos temas (por isso, muitos o acusam de ser irregular. Tolice), passando por mensagens poéticas, criticas ambientas, momentos religiosos e coragem de "ir até as últimas consequências". Enfim, o drama, a paixão, a sensualidade e a realidade de um povo, tudo estar lá em cores fortes.
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