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    Traição Mortal
    Críticas AdoroCinema
    1,0
    Muito ruim
    Traição Mortal
    por Roberto Cunha

    O ator Steven Seagal dispensa apresentações. Seja você fã de filmes com artes marciais ou simples espectador de uma das inúmeras sessões da tarde na televisão, é provável que já tenha visto, pelo menos, um filme com ele e seu indefectível rabo de cavalo. E a razão é simples: Seagal fez sucesso durante um tempo, quer queiram ou não seus detratores.

    Afastado do cinema, mas mantendo a carreira nas locadoras, ele até foi visto recentemente no ótimo Machete (2010) como vilão, extremo oposto do que sempre fez e se consagrou. Em 2011, Seagal volta ao seu ambiente natural (de herói e nas locadoras) em dois filmes egressos de episódios de True Justice, seriado criado por ele.

    Em Traição Mortal, Elijah Kane (Seagal) é delegado de uma equipe de policiais disfarçados, que ajudam a manter a ordem num condado de Washington, nos Estados Unidos. O local passa por problemas porque a comunidade de pescadores perdeu sua principal fonte de renda com a poluição e começou a ser usada por traficantes russos para vender drogas. A equipe do policial descobre que existe um esquema com as strippers da região depois que algumas mortes começam a acontecer e o coro vai comer.

    Para aqueles que esperam ver sequências memoráveis de luta, com o ator usando o Aikido, vale o aviso de que as coreografias ainda existem, mas são bem mais moderadas. Para quem não lembra, Seagal é mestre na arte marcial e foi ele quem a introduziu no final dos anos 80 no cinema, até então marcado pelo Kung Fu de Bruce Lee ou o Karatê de Chuck Norris.

    Como se trata de uma trama policial, tiros são esperados e eles acontecem em várias sequências, que usam bastante a câmera lenta. A violência, contudo, é moderada. Mortes são mostradas, mas sem exageros e o roteiro explora de maneira superficial subtramas, como uma novata chegando na equipe e o fato de um dos membros ser mais nervosinho que os outros. É clichê mesmo e o elenco, inclusive, preenche aquela "cota" de uma loira, uma morena, um negro coisa e tal.

    A edição é (vá lá) moderninha e a trilha repetitiva. Pode funcionar como distração para os menos exigentes e, principalmente, para os saudosistas. Mas se você quer ver belas coreografias protagonizadas pelo ator, prefira os originais, como Nico - Acima da Lei (1988) e Difícil de Matar (1990).

    Em tempo: este filme foi seguido por Ruas em Guerra com nova aventura policial protagonizada por Kane e sua equipe.

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