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Daniel Novaes
7.346 seguidores
824 críticas
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4,5
Enviada em 12 de janeiro de 2020
Grande Raul... gigante. Um gênio à frente de seu tempo, atemporal, eterno. Infelizmente mais uma vítima dos vícios compulsivos... foi tão cedo e ficou pra sempre.
O título O Início, o Fim e o Meio, do documentário dirigido por Evaldo Mocarzel, Walter Carvalho e Leonardo Gudel, além de fazer referência a um dos versos da música Gita, um dos maiores sucessos de Raul Seixas, é perfeito para representar a obra, que retrata as diversas fases da vida do cantor e compositor baiano.
O filme nos mostra o início de Raul, em Salvador-BA, quando ele começou com o grupo Raulzito e os Panteras; e acompanha a sua mudança para São Paulo, onde ele começou a alçar seu voo solo. Raul: O Início, o Fim e o Meio cobre tudo: desde os casamentos do artista (e, principalmente, o fracasso dele nessas relações pessoais, bem como o relacionamento delicado com algumas de suas filhas), passando pelas parcerias profissionais (incluindo a célebre com o escritor Paulo Coelho), pela sua fase áurea de sucesso, pela sua decadência e pela tentativa de reconstrução de sua carreira, que terminou no dia 21 de agosto de 1989, data de seu desencarne.
Raul: O Início, o Fim e o Meio cumpre seu papel de oferecer um panorama sobre um dos artistas mais amados da música brasileira – para se ter uma ideia da importância de Raul Seixas, mesmo passados 30 anos da sua morte, suas músicas continuam a se comunicar com o público e sua obra continua viva no imaginário popular.
Sensacional. Essa talvez seja a melhor palavra para definir "Raul: o início, o fim e o meio". Amparados pela história desse baiano que se tornou um dos ícones da música brasileira, a equipe do diretor Walter Carvalho conseguiu desenvolver um produto que está próximo da perfeição. Um documentário organizado, claro, cativante e que mostra de modo eficaz quem foi Raul Seixas. Outro ponto positivo é que o documentário organiza a vida do artista de modo que seja compreensível mesmo àqueles que não conhecem a história de Raul. Digno de parabéns também é o esforço de pesquisa e de trabalho. Entrevistas com ex-mulheres e filhas que moram nos EUA, a figura de Paulo Coelho fora do Brasil, a ex-empregada que foi a primeira a ver Raul morto...enfim, são tantos pontos positivos que pode-se escrever um tratado sobre as qualidades da obra. Com certeza um documentário que ficará como referência.
Achei o filme muito bom, muito emocionante. Logicamente que não foi perfeito, pois creio que seria impossível. Mais alguns erros graves poderiam ser evitados. Na minha opinião teve pessoas desnecessárias no filme. Caetano Veloso, Tom Zé e Pedro Bial são as mais evidentes a meu ver. Caetano Veloso não sabia nem cantar a musica Ouro de Tolo, Pedro Bial E Tom Zé acredito que são fãs sim, mais foi desnecessária a aparição no filme por tomar o lugar de pessoas importantes na vida e obra de Raul que ficaram de fora. Pessoas que o diretor Walter Carvalho deixou de fora, Thildo Gama (Amigo e um dos primeiros músicos de Raul Seixas em "Relampagos do Rock" e "The Panthers". Jerry Adriani (Amigo querido de Raulzito que teria varias histórias interessantes para contar.) Leno Azevedo (Amigo e parceiro de Raul Seixas no belíssimo disco "Vida e obra de Johnny McCarteney") Esses 3 citados para mim não foi uma simples falha em deixar de fora do documentário e sim uma Falta de Respeito. Por isso que acredito que Caetano Veloso, Tom Zé e Bedro Bil tomaram um espaço no filme que seria de direito dos 3 nomes citados. O filme teve alguns pontos totalmente desnecessários e forçado, de tentar levar o publico as lagrimas. Até porque para mim uma das cenas mais emocionantes foi a voz do Raul para a sua filha, em quanto estava internado. Mostrando o carinho de pai. Sentimentos acredito que não precisa se forçar, eles vem naturalmente. Algumas coisas que li que desagradaram a alguns foi o lance das drogas e bebidas, isso para mim não foi novidade e tinham que ser mostrado já que Raul não era e nunca quis ser ou parecer nenhum santo. Raul teve sim a fase de "Sexo, Drogas Bebedeira e Rock n' Roll" (Quis parar com a bebida, mais só quem é alcoólatra sabe o quanto é difícil o vicio) Outro erro no filme foi rotular Aleister Crowley de Satanista, sendo que o mesmo nunca se declarou um satanista e sim um "Anti-Cristão" se intitulando "A Besta 666". Deixo aqui uma frase de Crowley “O mal não existe. É um nome falso inventado pelos irmãos negros para implicar Unidade em sua bagunça dispersa e ignorante. Um mal que tivesse unidade seria um deus.” Aleister Crowley foi um dos maiores e brilhantes Ocultista e Mago, deixando um grande legado de conhecimento e um sistema mágicko que é Thelema (em grego vontade) o que destina o ser humano fazer valer sua verdadeira vontade “Faze o que tu queres a de ser o todo da lei” – “Amor é a lei, amor sob vontade” “Todo homem tem o direito inefável de ser o que é” (Aleister Crowley) E Raul Seixas sabia bem disso e por isso sua admiração por To Mega Therion, Aleister Crowley e divulgação de Thelema. Também achei confuso quando começaram a falar de Aleister Crowley, o espectador leigo que nunca leu sobre o assunto pode ter ficado um tanto quanto perdido do jeito que foi colocado tantas informações em um espaço curto de tempo. Foi muito bacana assistir Euclydes Lacerda de Almeida "Frater Thor" (instrutor magicko de Raul e Paulo) falando. Ele descreveu a "Sociedade Alternativa" em uma simples e esclarecedora frase "A Sociedade Alternativa é destinada a divulgação de Thelema, através das músicas de Raul Seixas". Toninho Buda foi outro ponto positivo quando a se falar sobre Crowley. Sobre a cena mais chocante para alguns no filme (pois para mim não foi) que é a cena do filme de Toninho Buda que mostrou cenas de sacrificação de animais. De nada me assustou ou me deixou horrorizado, já que isso é muito comum em algumas culturas e rituais, inclusive os dos índios... Os índios fazem sacrificação de animais como ritual para trazer coisas boas para a tribo e nem por isso os índios são adoradores do "Diabo". Falo isso porque a cena foi rotulada erroneamente pela mídia e critica como um "filme satanista". Outra falha foi não deixar claro que Raul Seixas não fazia parte do filme sacrificando animais. Essa foi uma falha grande, deveriam ter deixado claro, pois muitos confundiram Toninho Buda com Raul Seixas no filme. (Ao meu lado escutei uma moça falando, horrorizada "olha o Raul fazendo sacrifício de animal" Se fosse Raul Seixas tudo bem, mais não era! E isso tinha que ter ficado claro ao mostrar a imagem, sendo que Toninho está muito parecido com Raul, podendo confundir o espectador. Poderiam ter colocado mais imagens de Raul Seixas do que tantos depoimentos, mais enfim entre falhas, o filme é muito bom, muito emocionante... Fazendo uma soma de tudo, o filme vale muito ser assistido. Vou guardar esse momento de poder assistir o documentário no cinema com muito carinho em minha memória.
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