Esta pseudo (e põe pseudo nisso) comédia ganhou o prêmio de melhor filme estrangeiro no festival de filmes independentes de Nova Iorque. Tal fato comprova o mau gosto dos norte-americanos no que tange o cinema latino. A produção global (leia-se rede globo) provavelmente foi decisiva para que "Viva voz" fosse laureado. Bem, vamos ao filme. O filme mostra um dia na vida de Duda (Dan Stulbach), um empresário que conseguiu arrecadar uma bolada de R$ 2 milhões, burlando o imposto de renda, e com esse dinheiro quer abrir um outro negócio. Duda que é casado com Mari (Viviane Pasmanter), mantém um caso há longo tempo com a sua funcionária Karina (Graziella Moretto). O inseguro e infiel Duda decide mudar por completo sua vida: quer abrir um negócio honesto e largar a sua amante ao mesmo tempo. A idéia "originalíssima" é que Duda liga o seu celular quando dava uns amassos na amante, e a sua esposa tem a oportunidade de acompanhar todos os lances do caso do seu marido. Entrementes, Abílio (Luciano Chirolli), sócio de Duda, ansiava por abocanhar todo o dinheiro de Duda, e para isso contava com o auxílio de Karina. Com a descoberta da senha bancária de Duda, Abílio tira todo o dinheiro da conta do seu sócio. O pastelão toma conta por inteiro do filme, com policiais-filósofos, gerente de banco honesto que se torna corrupto, etc. O objetivo de Paulo Morelli é conquistar as massas. Com uma boa produção, uma comédia urbana, muitos palavrões, ele tenda seduzir o público. Infelizmente nem sorrisos amarelados são vistos nos rostos dos espectadores com mais de dois neurônios no cérebro. A boa atuação de Graziella Moretto é a única nota dissonante do filme, pois o resto sucumbe tal e qual um Titanic. Lamentável a atuação de Dan Stulbach. Umas aulinhas de interpretação cairiam bem para o moçoilo.