“Era uma vez no oeste” é um clássico filme western do lendário Sergio Leone cujo seu maior pecado foi morrer tão cedo, temos aqui uma fotografia genial, ela é quente, ao mesmo tempo com muitos planos abertos Leone transmite de maneira única o sentimento de cada cena, seus personagens não são heroicos, lindos, com topetes e pele branquinha, não, muito pelo contrario seus personagens são sujos, suados, com aspecto nojento, afinal, estamos no velho oeste, e Leone dá características únicas para cada um de seus personagens, deste a mosca na cena inicial a gaita de Charles Bronson, passando pelas muletas de Snaky e o ranger dos dentes de Frank, reconhecemos todos os personagens de longe, e com uma trilha sonora composta pelo mestre Ennio Morricone tudo fica melhor, a trilha sonora é perfeita, transmitindo todo sentimento do velho oeste, com musicas empolgantes a extremamente melancólicas, a mixagem de som não fica para trás, todos os disparos são assustadores, aqui a arma e seus efeitos não são banalizados, o roteiro é ótimo, em determinado momento perde um pouco de ritmo, mas nada que interfira diretamente, ele é completo, com muitos personagens, mas todos esses personagens são bem desenvolvidos, mesmo os que tem 5 minutos de tela, as atuações são razoáveis, neste filme não temos grandes estrelas como na trilogia dos dólares, nenhuma atuação surpreende, mas estão bem longe de decepcionar, “Era uma vez no oeste” é um clássico que deve ser assistido por todos e cultuados pelos apaixonados por Western Italiano.