Por favor, não assistam este filme. Ele é uma vergonha da cinematografia brasileira e ao romance dom casmurro. Este filme não deveria merecer um lançamento comercial, pois não há nenhum elemento positivo nesta novela em 35mm. Nenhum aspecto fílmico é bem utilizado, e deveria ser apenas lembrado como uma brincadeira (de péssimo gosto) que foi vaiada com vigor no festival de Gramado. Um filme de péssimo gosto e de deveria ser banido, queimado.
Baseado no livro "Dom Casmurro", de Machado de Assis, o filme conta a história de um triângulo amoroso envolvendo Bento (Marcos Palmeira), Ana (Maria Fernanda Cândido) e Miguel (Bruno Garcia). Bento pode rever o seu amor de infância, Ana, através do seu amigo Miguel. A paixão é máxima e instantânea. Nada mais natural. A candura da Maria Fernanda Cândido toma proporções épicas quando a vemos na telona. Pouco tempo mais tarde Bento e Ana decidem se casar. Inicialmente ela abre mão do seu trabalho, muda-se para São Paulo, onde Bento trabalha como engenheiro. Porém, os ciúmes doentios que Bento nutre por Ana passam a atrapalhar a vida de ambos. Ele narcisicamente não consegue abandonar a idéia de que seu melhor amigo, Miguel esteja tendo um caso com a sua esposa, Capitú, quero dizer, Ana. Este tem sido um debate que tomou conta dos cadernos culturais dos grandes jornais brasileiros nos anos 90. Alguns acham que Capitú de fato traiu Bento, outros não. Moacyr Goes tem o mérito de arrancar de Maria Fernanda Cândido uma atuação exuberante. O seu roteiro que teve a colaboração de alguns intelectuais (vide nos créditos finais do filme) é que pecou pela previsibilidade. Já que a sua opção foi por uma leitura livre do romance de Machado de Assis, Moacyr Goes deveria ter optado por caminhos menos lugar-comum. Quando qualquer indivíduo tem pela frente uma Ana tal como a retratada em "DOM", sabe que vai descer ao inferno, não é verdade? O final também foi um autêntico fiasco. Esperemos que a estréia deste diretor teatral por trás das câmeras tenha com o passar do tempo um aprimoramento.
"Dom" tem até uma história interessante, usando como referência o livro "Dom Casmurro", mas seu desenrolar é muito previsível. Pode-se antever os acontecimentos bem antes deles serem exibidos em cena, o que faz com que o espectador apenas aguarde a confirmação de suas expectativas. Quem conhece o livro irá notar algumas semelhanças com a trama do filme, apesar de "Dom" não ser uma adaptação propriamente dita e sim ser inspirado em trechos e personagens do livro. O elenco como um todo está competente e coerente com o que seus personagens pediam, apesar de ninguém brilhar. Destaque um pouco maior para Marcos Palmeira, que muda radicalmente de postura no decorrer do filme. Mediano apenas.
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