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SERGIO LUIZ DOS SANTOS PRIOR
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293 críticas
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1,5
Enviada em 9 de fevereiro de 2012
Infelizmente o Brasil mesmo sendo dono de uma riqueza musical ímpar, carece de bons musicais na telona, isso dos anos 70 em diante. Os intelectuais e músicos etilistas da zona sul do Rio de Janeiro, suas casas noturnas charmosas, da época que "a turma do milk-shake não tinha acesso a cocaína", como dizia o saudoso Paulo Francis, formam a receita perfeita para um grande musical. Claramente influenciado por Tom Jobim, o campeão da alegria, o nosso Apolônio (Marco Nanini) destila, acho que esse é o verbo correto, pois ele bebe uísque durante 99% das cenas em que aparece, elegância e amor pelas mulheres. O nome da casa noturna em que Apolônio toca é a Golden Night. Ali desfilam todos os tipos famosos que ficaram famosos nas noites dos anos 60 e 70. Clássicos como "Se todos fossem iguais a você", de Tom Jobim e Vinícius de Moraes; Coração vagabundo, de Caetano Veloso; "Outra vez nunca mais", de Ismael Silva; e outras, são cantados e bem por Marco Nanini e Alessandra Verney. Enquanto somos apresentados a essa atmosfera que mostra um Rio de Janeiro que nos faz sentir uma nostalgia daquela época, além de mostrar os "causos" amorosos do protagonista do filme, a coisa vai muito bem. Talvez a grande falha de Carvana foi ter feito a narrativa em flash-backs a partir de um empresário norte-americano (José Lewgoy,em seu último filme) que recuperou o cérebro de Apolônio e tencionava vender a alegria que exalava do pianista brasileiro para os povos que sofressem de depressão. Eis que surge em cena o cérebro diante de todos aqueles que acompanharam a carreira de Apolônio. O americano oferece 1 milhão de dólares para poder usá-lo nos seus experimentos. Alguns dos amigos concordam de imediato com a proposta financeira; outros não. Aí já estamos diante de um samba do crioulo doido. Apesar do final tétrico, espero que este campeão de alegria sirva de semente para que outros diretores nacionais se dediquem aos musicais.
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