A produção é uma mistura: comédia e romance com uma pitada de drama. Aposta na doçura típica dos filmes voltados para o público feminino e assim conquista de uma forma que se pensava estar perdida há tempos. Além disso, com exceção de McAdams, o elenco é basicamente britânico e tem rostos famosos, o que traz o sutil humor característico dessa parte do mundo. Este, combinado com os traços meigos das personalidades dos protagonistas, cria quase uma perfeição romântica.
O resultado, contudo, não poderia ser diferente, pois o diretor Richard Curtis e os produtores Tim Bevan e Eric Fellner são conhecidos por tal fórmula de sucesso, assinando outros títulos nesses moldes, como "Simplesmente Amor" e "Um Lugar Chamado Notting Hill". A trilha sonora ainda é um encanto à parte, da italiana "Il Mondo", de Jimmy Fontana, a sucessos pop, como "Mr Brightside", da banda The Killers. Isso, claro, sem esquecer de "How Long Will I Love You", uma definição impecável de toda a graciosidade do longa metragem.
Enquanto, no início, Tim muda seu passado para deixar tudo “perfeito”, ele acompanha também pontos negativos desse bônus e, como, às vezes, não é possível salvar ou consertar tudo. Chega, então, ao ponto em que percebe a verdadeira realidade: “viajar no tempo parece quase desnecessário, porque cada aspecto da vida é tão delicioso”. Com um fim sem questionamentos ou furos, o filme passa sua mensagem, de aproveitar cada dia como se fosse o último, deixando o espectador, ao final, com o coração repleto de simples satisfação.