Média
4,0
976 notas
Você assistiu Babel ?
2,0
Enviada em 9 de fevereiro de 2012
Richard e Susan estão em viagem pelo Marrocos, em uma tentativa de reconciliação no casamento. Quando viajam de ônibus subitamente Susan é atingida por um tiro de fuzil, dado por dois garotos que estavam testando a arma recém-comprada pelo pai. Este fato gera consequências na vida de quatro grupos de personagens: Richard e Susan; os garotos e seu pais; a babá mexicana que cuida dos filhos de Richard e Susan e deseja ir ao casamento do irmão; e um homem japonês e sua filha surda, que enfrenta problemas de rejeição. "Babel" segue a linha dos filmes anteriores de Alejandro González-Iñárritu, em que várias situações acontecem em paralelo e não exatamente no mesmo instante de tempo, com informações sobre cada uma delas sendo mostradas aos poucos ao público. O filme não possui uma edição tão picotada e com idas e vindas como "21 Gramas", o que facilita sua compreensão. Além disto há várias cenas belíssimas: a ida da jovem japonesa à boate, o pouso do helicóptero no deserto, a tomada final entre filha e pai na trama japonesa, a própria cena do tiro recebido por Susan. Nesta cena específica vale destacar o trabalho de Cate Blanchett, que consegue transmitir a sensação mista do despertar com a surpresa de estar sentindo uma dor repentina e aguda, sem saber direito o que aconteceu. Blanchett tem ainda outros bons momentos em cena, apesar de sua participação no filme ser curta. As quatro tramas são bastante interessantes, cada uma com qualidades próprias. A dos garotos reflete um pouco da paranóia americana do pós-11 de setembro, que faz com que o ocorrido logo seja considerado um ato terrorista. A da babá espelha as diferenças de costume entre México e Estados Unidos, além da já conhecida dificuldade enfrentada pelos mexicanos para entrar nos EUA. A de Richard e Susan tem como pano de fundo o medo e o preconceito dos demais passageiros do ônibus em que estavam, que desejam sair do local o mais rapidamente possível, mesmo que isto signifique abandoná-los. E a trama japonesa, a melhor de todas, reflete a angústia da rejeição sentida por uma adolescente, que faz com que tente compensá-la oferecendo seu próprio corpo aos homens, em uma tentativa desesperada de agradar. Muito bom filme.
2,5
Enviada em 9 de fevereiro de 2012
Òtimo filme, uma história muito emocionante. O roteiro e o enredo são maravilhosos. Um elenco de peso, do qual dão conta do recado. A trilha sonora é fantástica mereceu o oscar.RECOMENDO. 
2,5
Enviada em 9 de fevereiro de 2012
Deus teria condenado os homens a falarem idiomas diferentes - e o que é pior, não se entenderem - devido à arrogância dos nossos antepassados. A situação parece não ter se modificado após milhares de anos. A única diferença é que a torre de Babel está globalizada; internet, televisão a cabo, celulares, enfim, a comunicação é imediata entre todas as nações. O mesmo não se aplica à universalidade da riqueza, mas isso é uma outra estória. A humanidade ainda parece estar sob os efeitos da condenação Divina: o entendimento mútuo inexiste. Iñarritu e seu ex-colega de vários filmes, Guillermo Arriaga (os dois brigaram e não estão se falando sabe-se lá por quais motivos) levaram à telona três tramas pararelas que tentam mimetizar o que acontece no mundo atual globalizado. A idéia de histórias pararelas que se entrecruzam em algum momento não é nova no cinema de Iñarritu (vide "21 GRAMAS" e "AMORES BRUTOS", tampouco no cinema. O vencedor do Oscar de 2006, "CRASH" fazia apresentava várias tramas tendo como fundo a cidade de Los Angeles. Sem falar no recém falecido diretor, Robert Altman, que deitava e rolava neste tipo de narrativa. Voltemos à babel-terra onde todos gritam e ninguém se entende. Susan (Cate Blanchett) e Richard (Brad Pitt) vão passar férias no Marrocos. Parece que o casal vai tentar encontrar num local exótico a serenidade para manter o relacionamento de ambos vivo, pois os problemas são evidentes entre eles. A escolha por dois rostos tão conhecidos de Hollywood foi proposital. Desta maneira, Iñárritu conseguiu dar maior visibilidade ao seu filme. Fossem outros atores a abordagem da mídia seria infinitamente menor. O casal não imaginava que uma criança marroquina munida com um rifle que deveria servir para proteger as cabras de sua família, numa brincadeira atira em direção a um ônibus que se encontra bem distante e o pior acontece: Susan é alvejada no seu ombro esquerdo por uma bala. No meio de um lugar inóspito, Richard com a ajuda de uma alma boa (ainda existem neste mundo babilônico), o guia da excursão fazem de tudo para salvar a vida de Susan. Simultaneamente temos a trama de Amelia (Adriana Barraza), babá do casal de filhos de Susan e Richard. Eles moram em Los Angeles. O filho de Amelia irá casar no Mexico. Como não há ninguém que possa substituí-la no seu trabalho, ela que cuida das crianças desde o nascimento delas, decide levá-las para o Mexico. Os problemas começarão no regresso do México, mais precisamente ao atravessar a fronteira México-Estados Unidos. A terceira trama ocorre em Tóquio, onde uma filha surda-muda, atormentada pela sua condição e pelo suicídio recente de sua mãe, se entrega a uma procura desenfreada de carinho, porém, de forma caótica. As famílias sejam elas marroquinas, mexicanas, americanas ou japonesas se fragilizam, se esgarçam e se unem. O grande mérito dos realizadores foi o de mostrar algumas chagas do mundo atual (tensão racial, imigração ilegal, problemas na compreensão do "mundo" do adolescente), porém, sem fazer julgamentos a respeito. A tragédia humana pode ter solução no futuro, talvez longínquo, é verdade, mas quem sabe... Iñárritu e Arriaga colocaram alguma luz no final do túnel.
2,5
Enviada em 4 de abril de 2017
Babel, filme indicado ao Oscar de Melhor Filme em 2007 e vencedor do Globo de Ouro de Melhor Filme Drama.
Dirigido e idealizado pro Alejandro Gonzáles Iñarritu, Babel em minha modesta opinião é um filme difícil e bem confuso. Iñarritu criou uma história de um acontecimento em Marrocos que afeta pessoas em outras partes do mundo, como no México e no Japão. A premissa é boa e até interessante, mas foi muito mal arquitetada.
Dois garotos marroquinos usam um rifle e acertam acidentalmente uma moça americana em um ônibus de turismo, esse acontecimento não afeta diretamente as outras pessoas envolvidas, tanto no México como no Japão, apenas tem uma ligação simples entre alguns personagens.
O filme pode até te prender conforme você acompanha esses personagens lidando com suas situações, mas as ligações entre os acontecimentos são tão superficiais, que em menos de 1 hora de filme você vai estar se perguntando "O que raios está acontecendo neste filme?"

Brad Pitt e Cate Blanchett fazem o casal do filme, que viaja á marrocos a férias, eles têm problemas conjugais, mas a personagem de Cate é atingida por um tiro, o resto do filme foca na tentativa de Brad em levar Cate á um hospital. Só isso. O roteiro não dá margens para os dois se aprofundem em seus personagens, apesar de Brad se esforçar na cena do telefone. E talvez por esta cena e sequencia de algumas ele tenha sido lembrado No Globo de Ouro na indicação de Ator Coadjuvante, pra mim até convence a atuação, mas não ao ponto da indicação.

Gael Garcia Bernal e Adriana Barraza fazem os personagens "afetados" no México, Adriana faz a babá dos filhos de Brad e Cate (uma deles é Ellen Fanning), ela entrega uma ótima performance, uma ótima atriz por sinal, natural do México, Adriana foi uma das gratas surpresas no filme lhe rendendo uma indicação á Atriz Coadjuvante no Oscar. Gael faz um personagem meio 'Porra-Louca', depois da cena do carro, seu personagem foi estranhamente descartado.

No Japão, o foco foi na relação Pai e Filha entre Koji Yakusho e Rinko Kikuchi. Koji foi pouco acionado no filme, mas Rinko entregou a melhor performance de uma atriz acredito eu naquele ano. Uma performance de gala, com 26 anos na época, ela interpretou 'Chieko' de 15 anos, uma garota surdo-muda que está desesperadamente atrás de atenção/namorado, sua principal preocupação, além de lidar com o suicídio da mãe (muito mal explicado no filme), é transar pela primeira vez, mas todos os garotos a enxerga como 'Monstro', segunda ela mesma afirma no filme.
O legal desta abordagem, é que em algumas cenas Iñarritu nos coloca dentro da pele de Chieko, retirando o som ambiente completamente, nos fazendo vivenciar o mundo de uma pessoa surda. Percebe-se que Rinko Kikuchi estudou muito as pessoas surdo-mudas e a linguagem de sinais, não só ela como algumas atrizes que também são surdo-mudas no filme e fazem parte do time de vôlei da escola de Chieko.
Ela não só mereceu a indicação de Atriz Coadjuvante no Oscar e no Globo de Ouro, como poderia até ter levado o prêmio que estaria em ótimas e merecidas mãos.

Este foi o terceiro filme de Iñarritu, não gostei, não achei fraco mas achei confuso e muito mal arquitetado... a história ao meu ver não bate, as ligações entre os personagens são esquisitas, não convencem, muito mal feitas. O filme se torna confuso e com certeza algumas pessoas o acharam muito chato depois de 1 hora de filme.
Pra mim, apenas a parte do Japão no filme vale a pena e merece ser acompanhada, com um final muito emotivo e cheio de carga dramática, com atuações boquiabertas de Rinko Kikuchi, ela não tem pudor e vergonha nenhuma no filme, quem assistir irá se surpreender assim como eu.

Iñarritu melhorou muito nos seus futuros filmes, mas neste achei até curioso receber indicação á melhor filme e ainda ter ganho no Globo de Ouro. Está longe de ser um bom filme na minha opinião.
Também foi indicado á melhor diretor e Roteiro em ambas as premiações.
Levou um único Oscar de Trilha Sonora, que é muito boa por sinal.
2,5
Enviada em 9 de fevereiro de 2012
É um filme obrigatório para a compreensão de boa parte dos conflitos que vivemos entre os países e dentro deles. Não há nada de ideológico; o diretor prima pela apresentação estética e conceitualmente forte.
2,5
Enviada em 12 de abril de 2013
Achei o filme entediante em muitas cenas, e muito longo. Poderia ser bem mais dinâmico sem perder o lado dramático.
A intenção do filme é mostrar como uma ação local pode interferir em acontecimentos no mundo inteiro. Como as coisas estão interligadas. Mas achei que a execução não ficou bacana.
2,5
Enviada em 9 de fevereiro de 2012
O melhor filme do ano! Sustentado por uma direção segura e precisa,por excelentes interpretações e por uma trilha sonora impecável, o filme nos revela a dificuldade de comunicação e compreensão entre as pessoas.
2,5
Enviada em 9 de fevereiro de 2012
Para quem deu nota entre 0 e 5 não sabe realmente o que esta avaliando. Um filme analiza-se o diretor, roteiro, atuação dos atores, contexto geral e outros . O filme é bom ressalta o momento em que vivemos, visto os comentários, acredito que isto preocupa e faz com que as pessoas mintam para si mesmo que é apenas mais uma história simplista, mas é a pura realidade do momento.
2,5
Enviada em 9 de fevereiro de 2012
eu achei demais,adoro os filmes do alejandro gonzalez,e realmente como foi comentado mais a cima,não vale comparar com crash,pois ele o alejandro ja usou essa tecnica antes em seu 21 grams...so o final que realmente me deixou um pouco a desejar,mas ta valend pero tod o filme..o nucleo muçulmano esta de parabéns!
2,5
Enviada em 9 de fevereiro de 2012
Simplesmente fantástico. Alejandro Gonzalez-Inarritu soube fechar com chave de ouro a sua trilogia começada em Amores Bruto, passada por 21 Gramas e fez em Babel uma verdadeira homenagem ao cinema e deu de presente a todos nós um belo espetácula para o cinema mundial. A história mostra que a dor é realmente um sentimento universal e o que atrapalha é a língua que por ser diferente em cada país, pode trazer complicações, porém a vida vale muito mais que as fronteiras que separam os países. Bebel é internacionalmente humano.
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