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    Caçadores de Obras-Primas
    Críticas AdoroCinema
    3,0
    Legal
    Caçadores de Obras-Primas

    Sete homens e um segredo

    por Lucas Salgado

    Caçadores de Obras-Primas é uma espécie de Onze Homens e um Segredo dos filmes de guerra. À frente do elenco, George Clooney reúne diversos amigos (dentre eles Matt Damon) para um objetivo elaborado. O longa, no entanto, não se assume como comédia e acaba sofrendo um pouco pela falta de personalidade.

    Ao lado de O Amor Não Tem Regras, trata-se do filme mais fraco dentre os dirigidos por Clooney, que se saiu bem melhor em Confissões de uma Mente PerigosaTudo Pelo Poder e, principalmente, Boa Noite e Boa Sorte. Ainda assim, conta com bons momentos e possui um elenco incrível.

    Além de Clooney e Damon, o longa traz as presenças de Cate Blanchett, Bill MurrayJohn GoodmanJean DujardinBob BalabanHugh Bonneville. Em meio a vários homens, a atriz se sai muitíssimo bem, como de costume, apresentando uma personagem dura, abatida pela guerra, mas ainda apaixonada pelo trabalho que faz. Murray e Balaban são quase que troféus entregues aos cinéfilos, uma vez que vê-los juntos e tão confortáveis é bem bacana.

    No mesmo sentido, a parceria entre Goodman e Dujardin também diverte, e emociona. Os dois atores conseguem passar bem a sensação de amizade. Mas o grande nome do elenco é mesmo Clooney. Sem em Ocean's Eleven ele dividia a liderança com Brad Pitt, aqui ele adota uma postura mais centralizadora, que não atrapalha a trama. 

    Frank Stokes (George Clooney) é um especialista em artes que informa ao governo norte-americano sobre os riscos de obras de arte se perderem ao final da Segunda Guerra Mundial. Sem conseguir ninguém do exército para assumir a responsabilidade pela conservação de peças na Europa, ele mesmo assume a missão e convoca inúmeros especialistas, dentre curadores, arquitetos, professores e artistas.

    A seleção da equipe não poderia ter sido melhor. Só a presença de Murray, Goodman e Balaban em um cenário de guerra já é suficiente para despertar o interesse e produzir boas risadas. 

    The Monuments Men (no original) peca ao não conseguir mesclar muito bem as cenas de humor e drama. É até interessante a forma como o filme oferece um lado sério e até reflexivo, mas tudo é feito de forma superficial. Não é um drama de guerra. E também não diverte o tanto que deveria para ser considerado uma grande comédia.

    Conta um lado pouco conhecido da história, mostrando a paixão de Hitler pelas artes e a vontade de construir um grande museu em sua cidade natal, mas é simplório no que diz respeito a participação soviética.

    A falta de ritmo é um problema sério e a narrativa é prejudicada pela repetição das situações. A trama também é bastante previsível e a obra parece perdida no tom. Ainda assim, é sempre interessante.

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