Ficha Técnica
Título Original – Maleficent
País de Origem – Estados Unidos/Reino Unido
Diretor – Robert Stromberg
Gênero – Aventura/Fantasia
Duração – 97 minutos
Ano – 2014
Sinopse
A narrativa é baseada no conto de fadas “A Bela Adormecida”, mas aqui o ponto de vista encontra-se sob a perspectiva de Malévola, a vilã. Ainda jovem, ela é uma fada cheia de vida e alegria e mantém a paz entre o reino das fadas e dos humanos. Apaixona-se por Stefan, um garoto que jura a ela amor verdadeiro, mas em determinado momento a abandona. Tempos depois, movido por poder e ambição, Stefan tenta matá-la, mas acaba apenas arrancando suas asas. Malévola torna-se vingativa e cria um reino de escuridão, lançando assim uma maldição em Aurora, filha recém-nascida de Stefan.
Crítica
Apesar de ser o primeiro filme que está dirigindo, Robert Stromberg tem uma carreira cheia de respeito no mundo do cinema. Participou como Supervisor de Efeitos Visuais em obras de grande impacto como “Labirinto do Fauno”, “Ilha do Medo” e “As Aventuras de Pi”. Além disso, como Diretor de Arte, ganhou Oscar com os filmes “Avatar” e “Alice no País das Maravilhas”.
Fato notório que “Malévola” era uma obra muito aguardada pelo apreciadores da Sétima Arte. Por vários motivos: um conto de fadas famoso narrado em uma nova ótica, a participação de Angelina Jolie no papel principal, o espetáculo dos efeitos visuais.
De forma geral, Stromberg faz bonito em sua primeira obra. Obviamente ganha o jogo no que melhor sabe fazer: Efeitos visuais e Direção de Arte impecáveis e cheias de detalhes. A caracterização da vilã fica muito, mas muito próxima ao que vimos na animação de anos atrás. Há cenas que impressionam: a transformação da vilã em dragão, a magia do mundo das fadas, o corvo fiel que vira humano a todo instante.
Embora tenhamos um impacto visual de um lado, de outro temos uma história que, de uma certa maneira, fica um pouco a desejar. Em dado momento a narrativa parece perder um pouco o ritmo, fica morosa, cansativa. E aí começa a desaparecer o seu brilho. Quem não se lembra das três fadas que cuidam de Aurora? Na animação elas eram sensacionais, mas no filme dá uma sensação de que ficam um pouco apagadas. Óbvio que o foco da obra é Malévola, mas um cuidado neste aspecto poderia dar um tom bastante interessante.
Em vários momentos parece que identificamos, através dos belos cenários e das criaturas encantadas, filmes que seguem uma linha semelhante. Algumas cenas me fizeram lembrar de narrativas como “O Senhor dos Anéis” e “A História Sem Fim”.
O fato é que “Malévola” é uma obra boa e grandiosa, mas infelizmente não consegue surpreender. Agora nos resta aguardar ansiosamente pelo próximo projeto de Stromberg e torcer para que o conjunto da obra, seja não somente impactante, mas também convincente.