Baseado em uma história real, o filme Jornada pela Justiça, dirigido por Tom McLoughlin, acompanha a história de Calvin Willis (o vencedor do Oscar 2017 de Melhor Ator Coadjuvante Mahershala Ali), que foi condenado em 1981 pelo estupro de uma criança de 10 anos, em um julgamento bastante controverso, especialmente na maneira como o caso foi construído pela polícia local.
Provavelmente, Willis teria passado a vida inteira na cadeia por um crime que não cometeu se Janet “Prissy” Gregory (Julia Ormond) não tivesse entrado em contato com o seu caso e decidisse lutar com – e por – ele. Após anos de recursos negados e com o apoio do Innocence Project (que trabalha por meio da liberação dos erroneamente condenados por meio de testes de DNA, ajudando a prevenir, desta maneira, injustiças futuras, reformando o sistema jurídico criminal), Calvin Harris conseguiu a liberdade depois de uma batalha de 22 anos nos tribunais.
Sem dúvida, a história de Calvin Harris merecia ser contada, mas a verdade é que Jornada pela Justiça é, não só um filme irregular, como também um longa com jeito e estilo de telefilme, o que faz com que este importante relato se perca numa obra preguiçosa e esquecível.