Mais um filme da série Missão Impossível. Não senti muita firmeza ao ser anunciado este quinto filme da franquia. Acho que a fórmula está mais do que vencida. Ethan Hunt, personagem de Tom Cruise, provavelmente não tem nenhuma nova estripulia ou atitude com algum resquício sequer de originalidade. E justamente nesse ponto que tudo levava a crer seria um ponto negativo é o que na verdade mantém o interesse nessa nova aventura do agente performático que só perde para o James Bond em mise-en-scène. Adoro (e até diria que prefiro) o 007, mas convenhamos que Ethan Hunt é páreo duro no quesito superar adversidades. Decolar num avião pelo lado de fora da aeronave, prender a respiração por incontáveis minutos debaixo d’água, e dirigir um carro em algo velocidade por escadarias e ruelas marroquinas não é para qualquer um, e esses são apenas alguns dos “pequenos” contratempos que Hunt precisa lidar. A canastrice do Tom Cruise e do resto do elenco parecem encaixar com perfeição no exagero das circunstâncias enfrentadas pelos personagens extremamente estereotipados e caricatos que vemos em cena. Alec Baldwin, Simon Pegg (o melhor em cena), Jeremy Renner, Ving Rhames e a belamente insossa Rebecca Ferguson interpretam os randômicos personagem principais. Situações limite bastante forçadas são a cereja do sundae. Mas tudo isso é mostrado na telona com bastante eficácia. Todo exagero cênico faz parte do espetáculo de ação, humor e previsibilidade que se espera de um filme de gênero como este, onde cativar o espectador é essencial. E podemos dizer que neste filme, o espectador se sente plenamente satisfeito com o que vê, mesmo que não haja nada de novo, nada de contundente, nada de ousadia. É um filme muito bom, que prende a atenção a todo instante, mesmo explorando a milésima potência todos os clichês dos filmes de ação e sendo uma obra genérica e facilmente esquecível. Vale a pena para se divertir com os amigos numa sessão recheada com pipoca, mas que será deletado da memória 5 minutos depois da exibição.