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Phelipe V.
494 seguidores
204 críticas
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4,5
Enviada em 10 de outubro de 2013
Mesmo com a pouca duração, senti um pouco o peso do filme. Em certo ponto a trajetória da protagonista começa a se repetir demais. Entretanto, não dá pra ignorar a força da história contada aqui, e o quão poderosa é. Rosetta é uma protagonista muito forte, com objetivos claros e uma determinação atroz, e os Dardenne mostram que sabem muito bem disso ao NUNCA deixar a câmera abandonar a personagem. O foco é tão inteiramente nela que os coadjuvante mal são enquadrados pela câmera nervosa, inconstante e real da dupla de diretores. É um notório estudo de personagem, e por tabela, há uma análise social muito importante na interação de Rosetta com todo o ambiente e as imposições que esse ambiente, que pode ser chamado de "sociedade", forçam ao seu redor. E é irônico que o final represente a manutenção de todo aquele ciclo, apesar de uma libertação disfarçada.
"Rosetta" é o típicofilme de arte. Usa muita câmera na mão, tipo os filmes do Dogma'95, tem uma históriainteressante, mas um desfecho péssimo, tipo "Através da janela" (quem viu ofilme vai entender o que quero dizer). Bom filme, mas só mesmo o David Cronenberg paradar a Palma de Ouro para ele e deixar de lado "Tudo sobre minha mãe".
Dos irmãos Dardenne eu havia assistido The Kid with a Bike (2011) e La Promesse (1996) -- o segundo influenciado pelo primeiro. Desta forma, Rosetta não me surpreendeu muito, por se tratar de uma temática comumente abordada no cinema humanitário desses produtores. Os conflitos de algumas situações da dimensão social são problematizados no estilo cinematográfico dos Dardenne. Os desafios da adoção de crianças, o difícil cotidiano dos imigrantes em períodos recentes e a influência da sociedade do trabalho sobre o comportamento dos indivíduos são alguns elementos desenvolvidos, de forma excepcional, pelos produtores belgas. Obviamente que nuances de angústia e sofrimento são potencializados pelas lentes do cinema, mas isso não desloca completamente o drama das personagens de algumas experiências (realidades) muito próximas de grande parte dos expectadores. Não é filme comum, básico. Não tem música. A câmera balança e há um "Q" de monotonia. Perfeito.
Filme que retrata o drama do desemprego e da pobreza em países desenvolvidos como a França na virada do milênio. O modo como os diretores gravam (com a câmera na mão), faz com que o expectador esteja ainda mais próximo da personagem principal, mergulhando no seu universo limitado, pobre e desesperador. Não é filme de ação e não tem explosão, é um filme para refletir sobre a condição humana.
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