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Jeferson V.
17 seguidores
1 crítica
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4,0
Enviada em 26 de agosto de 2015
Pensei em fazer uma crítica, mas considerei mais útil fazer uma crítica à crítica do Adoro Cinema. Esse não é o tipo do filme que qualquer pessoa pode compreender integralmente. Só quem está familiarizado com o sectarismo evangélico entende a aparente vitória do conservadorismo, que para esse tipo de expectador não é uma vitória. A diretora não escolheu privilegiar o conservadorismo, ela tentou ser fiel à visão da dona do blog verdadeiro, uma menina rebelde, criada num ambiente religioso, que não questiona a veracidade da fé ensinada ou a moralidade ambígua (vide que tanto a mãe quanto a tia eram batizadas) desta crença, mas apenas vive o conflito de experimentar todos os seus impulsos sexuais e administrar as imposições do seu contexto social e moral. Não se trata de mais um filme de rebeldia adolescente. É isso, mas não só. O objetivo não foi fazer uma apologia à liberdade e ao prazer, como também não foi chancelar o sistema moral cristão. O conflito vivido pela personagem não tem vencedor. Ele é insolúvel. A frase final é a síntese disso. Os personagens são obtusos e os diálogos não são instigantes, mas a experiência da exposição crua, sem privilegiar nenhuma das forças do conflito, evidenciando o grande cuidado da diretora em buscar a imparcialidade na disputa, faz o expectador refletir sobre a complexidade da vida da personagem. Parabéns para a diretora que tentou ser crua para ambas as direções.
Provavelmente o primeiro filme chileno que assisti...
Um filme para poucos. Para aqueles que têm coragem de enfrentar seus preconceitos e seus próprios pensamentos, não recomendado para aqueles que ainda não tem a cabeça feita, não só para os menores de 18 anos... E nem só pelas cenas bem fortes e extremamente conflituosas... Pais podem ficar desesperados...
Gostei bastante, porque sempre fui aberto a cinemas (e visões, e pontos de vista...) diferentes. Uma bela fotografia e cenas filmadas com esmero e sensibilidade. Super interretação da atriz protagonista. Recomendado com estas ressalvas... Cuidado, depois não venham reclamar...
Concordo plenamente com esse trecho de Ewald Filho: "Apenas a câmera seguindo personagens (meu deus como se anda no cinema atual, Antonioni não imaginava a escola que fez), as brincadeiras com blogs e algumas verdades jogadas na cara do espectador. Nem querendo escandalizar (mas as vezes quase conseguindo)."
Em uma sociedade extremamente hipócrita que esconde-se atras de Deus e da segurança que a religião os proporciona Daniela desabrocha para a vida, deixa de lado todos os medos e imposições, seguindo seu percalço para se tornar uma mulher, despertar para a vida adulta. Jovem Aloucada nada mais é que o grito de "FODA-SE SOCIEDADE" com seu evangelho que se adéqua a poucos e estes devem abdicar do "EU" Daniela tenta se encontrar, buscar "A SI MESMA" claro que durante essa jornada ela acaba se perdendo diversas vezes. Mas o clima do filme e exatamente isso "A BUSCA", a busca de o que acreditar, o que tomar como verdade, como se conhecer. Uma ótima pedida para para todos os evangélicos exacerbados.
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