Sabe aquela sensação de que você já viu aquilo antes, mas, mesmo assim, fica assistindo até o fim? Assim é "No Olho do Tornado", filme de Steve Qualle (pra quem não conhece, ele foi supervisor de efeitos visuais de "Avatar") que não traz nada de novo, mas cumpre bem seu papel de entreter o público por um tempinho.
Só pela sinopse, já dá pra imaginar o começo, o meio e o fim do filme, certo? Pois é, tudo isso que você imaginou que vai acontecer no filme provavelmente vai acontecer mesmo. E a tentativa de “inovação” adotada por Squalle – apresentando, por vezes, a história pelas lentes das câmeras manipuladas pelos próprios personagens – acaba sendo engolida pela demasia de efeitos especiais aplicados ao longo da trama – que são, por sinal, totalmente excelentes (não dava pra esperar menos do cara que cuidou disso no filme mais visualmente surpreendente dos últimos tempos, né?).
No fim das contas, não tem como não ficar pensando no clássico "Twister" e em suas vacas voadoras – um projeto, para a época, muito mais original e ousado. Você acaba, então, com aquela sensação de que é simplesmente um “mais do mesmo”. Mas como o deslumbre visual é realmente surpreendente, você acaba assistindo até o final numa boa (especialmente porque o filme é bastante curto, de apenas uma hora e meia) e até mais relaxado – afinal, foi um tempinho que você passou sem pensar em mais nada, só curtindo a dança dos ventos na telona. Não espere nada muito elaborado, mas vale como entretenimento.