O Destino de Júpiter (Jupiter Ascending) é um filme de ação, fantasia, aventura, misturado com uma ficção e como nunca pode faltar, o romance.
Dirigido pelas irmãs Lana Wachowski e Lilly Wachowski, donas da direção de uma das minhas trilogias preferidas: Matrix, mas também do questionável filme (na minha opinião, ruim mesmo) A viagem (2013).
Em O Destino de Júpiter fica clara a tentativa das irmãs Wachowski em colocar pitadas de Matrix no roteiro, principalmente os efeitos especiais, porém não conseguiram grandes sucessos. Desde Matrix que elas vêm tentando fazer um longa excepcional, mas não foi dessa vez. O filme não é ruim, mas também não é ótimo, é mediano, depende muito de quem assisti, e principalmente o que você busca no filme. Assistindo meramente como uma aventura espacial, cheia de efeitos especiais, sem se prender muito no roteiro, o longa pode te divertir e até ser considerado bom. Por outro lado, se você busca uma aventura épica (no maior estilo Matrix, ou Star Wars), considerando um bom roteiro e uma boa história, sinto muito, mas o longa não funciona e com certeza você irá considera-lo ruim.
Pontos positivos em O Destino de Júpiter: O longa é rico em efeitos especias de primeira, principalmente em 3D (considerando este ser o primeiro trabalho apresentado em 3D pelas irmãs Wachowski). Os efeitos são muito bons, e como sempre, quando um filme funciona nos efeitos especiais, fica muito bom de assisti-lo, você se prende a cada cena apresentada. A trilha sonora de Michael Giacchino é outro acerto, eu gostei bastante, principalmente nas cenas de ação entre as naves mergulhadas no universo com uma música de fundo bastante empolgante, eu achei que encaixou bem e ficou bastante funcional. Os CGI dos cenários também ficaram bons, junto com a fotografia mais escura. O longa apresenta um grande número de seres alienígenas das mais variadas espécies e formatos, destaque para os guardas de Balem, que são grandes lagartos, que vestem jaquetas de couro.
Porém: O ponto mais negativo do longa e que definitivamente o jogou no buraco é o roteiro. As irmãs Wachowski, que além de dirigir, também produziram e roteirizaram, falharam demais, entregando um roteiro totalmente vergonhoso, bagunçado e sem sentido. Uma historinha boba e sem fundamentos, parece que o longa foi escrito as pressas, e a primeira coisa que escreveram já produziram e olha que inicialmente o roteiro tinha mais de 600 páginas. Não funcionou, não ficou bom, a premissa era boa, mas não foi compensada com o roteiro. Juntaram um monte de atores e enfiaram no filme, cada um seguindo uma parte da história, mas que no fim, nenhum deles foi ajudado pelo roteiro, muito pelo contrário, em certas partes o roteiro mata o trabalho desenvolvido pelo personagem. Realmente tudo não passou de uma grande bagunça espacial!!!
Com atuações medianas o elenco apresentado no filme não convence muito.
Na minha opinião, o maior destaque é sem dúvidas Eddie Redmayne, ele interpreta o antagonista Balem, que nessa bagunça de roteiro foi o que mais funcionou, ele entregou um personagem caricato, frio e mortal (destaque para sua voz no personagem, muito boa!!!). Channing Tatum está mediano, seu personagem Caine até parece convincente, mas ele passa o filme todo focado em proteger e salvar a Majestade Júpiter, que em determinados trechos da história, sua atuação cai na mesmice e soa como preguiçosa (e vamos combinar né, seu personagem parece está enfiado no roteiro só pra fazer o parzinho romântico com a Mila). Sean Bean e Douglas Booth são outros que também estão medianos na trama. Bean até tem a sua dose de contribuição ao lado de Tatum, funcionando como um amigo incentivador, mas Booth definitivamente não faz diferença.
Chegando na protagonista de toda essa história e aventura: Júpiter, que é interpretada pela belíssima atriz Mila Kunis. Eu gosto da Mila, além de gata claro, ela tem talento, mas acho que ela não teve muita sorte na carreira, ela sempre está em papéis questionáveis em vários filmes ao longo dos anos, talvez em Cisne Negro (2011), ela tenha conseguido um melhor trabalho. A personagem Júpiter, que passou por Natalie Portman e Rooney Mara até chegar em Mila Kunis, é mais um trabalho questionável. Pra mim, ela não foi bem, Mila esteve o tempo todo fria na personagem e parecia um tanto desinteressada, totalmente perdida em cena, faltou carisma em sua atuação, não me cativou em momento algum. Até nas partes das batalhas, ela não conseguiu convencer, quando ela era mais exigida, ela pecava. No começo sua personagem parece completamente perdida (tipo o que estou fazendo aqui), e do meio pro final, ela parece ter um único objetivo: Salvar sua família das garras de Balem? Não!!! Formar o par romântico da trama como Channing Tatum. Enfim!!! Uma pena!!! Eu gosto da Mila, mas tenho que ser justo, dessa vez ela não foi bem.
O Destino de Júpiter é um filme despretensioso, mediano e que podia até funcionar muito bem, se não fosse o roteiro perdido e as histórias bobas que o longa possui. Típico filme que não agrega em nada se você decidir assisti-lo ou não.