Elton John é um ícone vivo da música. Está ao lado dos grandes nomes do entretenimento mundial, ao lado de gente de peso como Freddie Mercury, David Bowie, John Lennon, Elvis Presley, Frank Sinatra, dentre tantos outros. E ainda está produzindo, já na casa dos 70 anos de idade. Um talento nato, retratado de forma bastante feliz nessa grande obra biográfica. Muito interessante ver o surgimento desse grande entertainer, que influenciou e ainda influencia muita gente, vide o recente caso de tietagem explicita do super popular Ed Sheeran em relação ao tiozão Elton. Claro que a vida do artista foi repleta de superações, traumas e situações limite. Criado numa família complicada, com um pai ausente e frio, e uma mãe no mínimo peculiar, a avó era a maior entusiasta do menino, que cedo já descobriu seu talento musical. Nem é spoiler, mas da ascensão, passando pelo fundo do poço até chegar à redenção, várias situações caóticas permearam a vida tumultuada de Elton: crises existenciais; vícios em drogas, álcool e sexo; relacionamento abusivo; tentativa de suicídio, dentre tantas outras situações extremas, e que ele conseguiu se livrar de cabeça erguida. Tudo é contado com inteligentes inserções de canções famosas do cantor que se encaixam com as situações narradas. Tudo muito bonito visualmente falando, como poesia visual. Claro que muitas coisas ali foram visivelmente romantizadas, mas é inegável a qualidade narrativa e esmero técnico do filme. E não precisa ser um fã do cantor para identificar ali inúmeras canções conhecidas e cantarolar um pouco na sala de cinema. E além de tudo isso, a escolha acertada do ótimo elenco, que tem pelo menos dois grandes destaques: Bryce Dallas Howard rouba a cena como a mãe de Elton, numa atuação bem distinta do que costumamos ver da atriz; e claro, Taron Egerton surpreende com uma atuação marcante e extraordinária. Eu só o tinha visto atuar nos filmes Kingsman, e fiquei de cara com a dedicação do ator e profundidade que ele conseguiu imprimir em sua atuação. Você consegue ver ali o Elton John mais jovem, não só pela belíssima caracterização de época, figurino e maquiagem, mas também pela forma de falar e maneirismos do cantor. Uma grande salva de palmas para ele. Por fim, posso acrescentar algo que li em algum lugar sobre o filme ser brega como o Elton John. Realmente, é brega, mas inevitavelmente brilhante – e põe brilho na tela! Rs. Eu que não sou exatamente um grande fã do cantor, me admirei pela figura mostrada ali. Um cara incrivelmente talentoso, que enfrentou inúmeras adversidades e conseguiu alcançar seu espaço eterno no mundo do show business. E certamente sua música viverá para sempre. Belo filme.