Adrenalina, várias pessoas necessitam dela neste mundo, praticando os mais radicais esportes para obtê-la. Sentir a vida por um fio, desafiando a morte a cada iniciativa. Confesso que gosto de tal hormônio e muito, mas sou deveras conservador e zelo pela minha segurança e a de todos ao redor, então não devo pertencer ao grupo mais extremo. E todo esporte radical, bem patrocinado, possui beldades masculinas e femininas berrando por seus ídolos e dançando até a última música nas festas eletrônicas estrondosas. Um gênero que possui seus seguidores e pode sempre ser uma boa idéia, desde que com um roteiro no mínimo mediano. O diretor Ericson Core teve esta idéia e quis nos mostrar uma aventura que ultrapassa os limites do extremo e consegue, pois o visual durante os esportes praticados, é esplêndido!!!! A filmagem consegue nos colocar "lado a lado" dos personagens enquanto arriscam suas vidas. A fotografia é uma das mais bonitas que já vi, nos apresentando paisagens belíssimas de diversos países (Venezuela, México, Havaí, Itália, Áustria e outros). A trama é a mais simples, um policial é infiltrado em um possível grupo terrorista para saber quais são os planos e as intenções, nada demais, como se fosse deixada em segundo plano, o que vale mesmo é a caçada pela emoção! Um bom rumo para se seguir com o enredo, até Ericson querer transformar tudo em um remake de um grande sucesso dos anos 90. Ai foi dar um tiro no pé (vai ver ele queria saber como seria tal ato.....), pois só temos os personagens e um contexto superficial como referência ao primeiro longa-metragem, toda história e motivação são distintas, ou seja, temos algo totalmente novo que poderia nos trazer novos protagonistas. O ator Luke Bracey imita bem o ator Keanu Reeves (outrora dono do papel), sendo um personagem principal sem sal (até o modo de falar me pareceu familiar), já o antagonista interpretado pelo ator Édgar Ramírez, está muito bem. E o que é aquela Teresa Palmer? Que mulher! Com certeza eu adoraria me arriscar naquelas curvas..... E o desfecho não agrada, não pelos apuros, mas sim devido a erros no roteiro que facilitam as coisas para desenrolar tudo (este que ia sendo tolerável, como disse, em segundo plano, mas que até então se preocupava em explicar algumas coisas que com certeza você irá fazer aquela cara de "ah, como isso passou despercebido?"). Enfim, errou. Não lembro do seu antecessor, mas pelo que li, este está muito abaixo do nível para levar o nome que leva em seu título, que talvez, se fosse uma coisa original, poderia ganhar alguns fãs. Eu gostei, uma película para a Tela Quente, mas que ao mesmo exemplo de seus desportes, desceu de uma colina, ladeira a abaixo a toda velocidade, só que neste caso, não conseguiu sobreviver ...