Caçadores de Emoção - Além do Limite: Crítica AdoroCinema

Mesmo sendo do início dos anos 90, Caçadores de Emoção é um filme super anos 80. A época está marcada da presença de nomes como Patrick Swayze e Gary Busey aos penteados e figurinos dos protagonistas. É um filme muito divertido e que até hoje funciona numa boa sessão-pipoca. Mas é um tipo de filme datado. Tem todo um lado meio brega que faz parte do charme da produção, que pouco faz sentido nos dias de hoje.

Por causa disso, causou estranhamento a notícia de que iriam produzir o remake Caçadores de Emoção - Além do Limite. Em um gênero dominado por Velozes & Furiosos e companhia, o que um novo Point Break poderia oferecer? E a resposta é simples: nada! Não há razão de ser para o novo filme. Não funciona como ação, não agrada os apaixonados por esporte radical, o protagonista é aborrecido, a direção catastrófica... E por aí vai.

Visto em filmes como O Melhor de Mim e G.I. Joe - Retaliação, Luke Bracey foi o escolhido para viver Johnny Utah, papel de Keanu Reeves. Reeves é um ator competente, mas perto de Bracey é Laurence Olivier. O ator é totalmente sem carisma, o que é algo gravíssimo em se tratando de um protagonista. 

Utah é um jovem agente do FBI com passado em esportes radicais. Ele investiga uma equipe que realiza crimes improváveis, sempre utilizando técnicas mirabolantes e radicais. Ele acaba se juntando ao time e passa a desenvolver laços de amizade com os criminosos.

O ótimo Edgar Ramírez (Carlos e Joy: O Nome do Sucesso) interpreta Bodhi, sujeito que lidera o grupo de foras-da-lei. Em uma jornada espiritual, ele tenta trazer Utah para o seu lado. O ator é competente, mas o roteiro vazio e pouco inspirado não ajuda. Ray Winstone, Teresa Palmer, Clemens Schick, Max Thieriot e Delroy Lindo completam o time principal, mas o foco está mesmo na dupla principal.

Após os novos Conan, o Bárbaro, Dirty Dancing - Noites de Havana, Footloose, Robocop... Está na hora de deixar os anos 80 no passado não. Deixem os clássicos quietos!